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Meu Versículo Padrão

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar BAP, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Somos Todos Barrabás

Então Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado. (Mateus 27.26)

JovensDJesus, se você tem o costume de ler a Bíblia, que não apenas contém, mas é a Palavra de Deus falando com a gente, já deve ter percebido como ela está repleta de passagens que embora não estejam identificadas de forma clara para quem lê num primeiro momento, são profecias tremendas acerca do plano de Deus para nós, vai vendo...

Para nos dar uma situada, o texto em destaque se refere a Barrabás, um homem cujo nome, segundo a enciclopédia livre Wikpédia tem o significado em aramaico de “Filho do Pai”, e que era integrante de um partido judeu que lutava contra a dominação romana denominado zelote, uma espécie de resistência contra o governo. Seu grupo agia através de ataques às legiões como meio de fustigar as forças invasoras dominantes. E ele foi preso após um ataque a um grupo de soldados romanos na cidade, quando um soldado foi morto e ele, junto com o seu grupo, foi acusado deste crime, portanto, pelas leis romanas, ele estava condenado à morte. O Evangelho segundo Mateus se refere a Barrabás como prisioneiro muito conhecido. João Marcos escreveu que Barrabás estava na prisão junto com os rebeldes que haviam cometido um assassinato durante uma rebelião. O Dr. Lucas relatou que ele havia sido lançado na prisão por causa de uma insurreição na cidade e por assassinato. Finalmente João informou que Barrabás era um bandido.

Ora, um homem que tinha o seu destino traçado e que num instante estava numa cela, em uma espécie de corredor da morte, talvez fazendo algo que lhe ajudasse a passar o tempo, quem sabe até escrevendo coisas nas paredes sujas daquele lugar e que, num momento seguinte, estava posto do lado de fora, apertando os olhos, fosse por causa da luz do sol que ele não devia ver fazia algum tempo, ou por não acreditar no que estava acontecendo.

Só realiza a cena aí:
Um soldado se aproxima da cela, abre a porta e diz: - Você está livre!
Então Barrabás, um tanto descrente no que acabara de ouvir, pergunta: - O quê?!
Então vem a informação final: - É, você está livre! Levaram o Nazareno no seu lugar.

Se avaliarmos de forma comparativa, Barrabás, de certa forma, nos representa, pois ele foi um prisioneiro libertado porque alguém que ele talvez nunca tivesse visto mais gordo na vida, tomou o seu lugar naquele corredor de agonia e recebeu a sentença de morte por ele, embora não merecesse isto.

Você entende assim? Foi exatamente como o Profeta Isaías já havia predito quando disse que o castigo que nos trouxe paz estava sobre Ele (Isaías 53.5). Barrabás teve toda a sua culpa trocada com alguém que era inocente, pois também está escrito:

Pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos. "Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca". Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados. (1 Pedro 2.21-24)

Quem saiba eu ainda possa ler um “aleluias” nos comentários, lá no final do texto!

Mas voltando mais um pouquinho para Barrabás, podemos considerar que ele foi mais esperto do que muitos de nós, em um único aspecto, senão vejamos:

Até onde sabemos, ele recebeu sua liberdade repentina como aquilo que ela [a liberdade] era, isto é, um presente imerecido, algo oque ele jamais poderia esperar. Alguém lhe jogou uma espécie boia salva-vidas, e ele simplesmente a agarrou. Sob este aspecto, Barrabás teve uma atitude muito diferente da maioria de nós, pois qual é o nosso costume ao receber um presente? Não é tentar merecê-lo e/ou diagnosticá-lo, em vez de dizermos simplesmente: “muito obrigado”; e aceitá-lo?

Jovens, por mais irônico que possa parecer, uma das coisas mais difíceis da gente aceitar é ser salvo pela graça, pois existe algo dentro de nós que reage à dádiva gratuita de Deus, por isto a gente tem a estranha mania de tentar criar regras, leis e sistemas que tentem nos tornar “dignos” do presente que o Pai nos deu através de Jesus Cristo, mas eu posso te garantir que não há nada que possamos fazer para pagar tamanho favor. Nada!

E ainda quanto a esta afirmativa, qual seria a nossa dificuldade em crer num versículo igual a este?

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus (Efésios 2.8)

A nossa condição para recebermos esta salvação segundo o Apóstolo Paulo é apenas termos FÉ, nada mais do que isto, pois não há merecimento algum no recebimento deste presente, pois ele é um “dom”, que segundo o dicionário Michaelis significa: i. dádiva, presente; ii. dote natural; talento, prenda, aptidão, faculdade, capacidade, habilidade especial para; iii. bem que se goza, considerado como uma concessão da Providência; e iv. teologia: Bem espiritual proporcionado por Deus; graça, mercê.

Portanto, podemos ler que nós somos salvos de presente da parte de Deus, se tão somente crermos por meio da fé. Mas por que a gente não recebe o presente e pronto?

Talvez o ser humano tenha desenvolvido um orgulho, pois aceitar a graça significa também concordar que nós precisamos dela urgentemente, mas a maioria de nós não gosta de fazer isto. Aceitar a graça implica ainda em aceitar a nossa situação desesperadora, mas a maioria das pessoas não está muito propensa a aceitar isto. Talvez ao olharmos para dentro de nós mesmos, tenhamos que reconhecer que estamos cheios de mazelas que certamente nos colocariam no corredor da morte, assim como estava o tal do Barrabás. Para isto teremos ainda que reconhecer que sem Jesus nós estávamos mortos nas nossas transgressões, o que nos fazia caminhar a passos largos para a morte, em todos os sentidos.

Barrabás era esperto e estava ligado.  Agarrado ali e já sem esperanças no corredor da morte, eu acho que ele nem resistiria à execução de sua pena. Talvez ele nem tenha entendido a misericórdia e certamente ele também não a merecia, mas diferente de muitos de nós, ele não estava disposto a recusá-la. Ele viu a boia sendo atirada n’água e se agarrou a ela, não pestanejou por um segundo se quer, pois tinha consciência que aquele era o único caminho possível, e jamais poderia haver outra chance igual aquela para ele.

Se compararmos, hoje a nossa situação não é muito diferente da de Barrabás, pois sem Jesus, nós também somos prisioneiros sem chance de apelação, contudo, sabemos que Ele se deu por nós, por isto mesmo, baseado nesta informação, eu nos pergunto:

Por que muitos têm permanecido em cadeias, mesmo quando a porta da cela está destrancada? Por que a gente não aceita a libertação, assim como fez aquele homem, que embora soubesse da sua condição de culpa, nem pensou que talvez pudesse ser uma brincadeira dos soldados? Mas ele simplesmente voou para sua liberdade!

O Espírito Santo quer te dizer que a porta da cadeia já foi destrancada, mas é você que precisa andar para fora! Mas (...) por que você ainda está aí dentro?

O que tem te aprisionado e servido para o inimigo soprar nos teus ouvidos, dizendo para você ficar aí mesmo, que este é seu lugar, que não adianta esse papo de Jesus na sua vida?

- São pecados de estimação que teimam em te laçar e te mostrar a morte, ao invés da vida? Leia Romanos 6.23!
- É a falta de domínio próprio, que faz uma pessoa refém pelas emoções? Leia Gálatas 5.22!
- Você é prisioneiro da sua própria língua, que teima em não querer se submeter à direção do Espírito Santo? Leia Tiago 3!
- A situação financeira tem feito de você um verdadeiro hamster, que corre preso na ciranda da vida, mas que sempre volta ao mesmo lugar de necessidade? Leia Mateus 6.21!
- Seriam os traumas e eventuais palavras malditas que você recebeu ao longo da sua vida? Leia Filipenses 4.7!
- Haveria alguma raiz de incredulidade, rebeldia ou orgulho gerando cadeias ao seu redor? Leia Mateus 11.29!

Entenda que quem busca a Deus tem que estar preparado para tomar decisões radicais baseadas na Palavra de Deus, as quais algumas vezes não irão agradar, nem a nós e nem aos outros. Mas note que Deus não quebra princípios, pois a quebra de princípios conduz à morte. Leia Gálatas 1.10!

Comece a avaliar as características de quem está prisioneiro e veja se por acaso você identifica alguma delas na tua vida, para que após ler este artigo você seja completamente livre e todo este peso seja definitivamente pregado na cruz. Quem está preso perde o direito de ir e vir; perde autoridade sobre o seu próprio corpo e suas emoções; perde os vínculos familiares e de relacionamento como um todo; perde a alegria pelas coisas simples da vida; e perde a vontade de viver.

Antes que o inimigo te sopre mentiras nos ouvidos, eu não estou querendo que você se espelhe num mau exemplo como Barrabás, contudo, quero te convidar a avaliar que se aquele homem, criminoso e condenado como era, foi liberto em virtude da morte de Jesus, nosso Salvador, não há nada que possa te manter aprisionado hoje, seja por qualquer motivo. Nós já somos livres em Jesus, basta crermos, pois Ele mesmo disse: “E conhecerão a verdade e a verdade os libertará” (João 8.32).

Seja definitivamente livre, seja definitivamente salvo, pois Ele se deixou prender, se deixou crucificar e se permitiu morrer no meu e no em seu lugar!

Aquela cruz não tinha sido construída para Jesus, mas ela também não era só de Barrabás, ela era minha e sua, mas o Senhor Jesus ocupou o nosso lugar ali naquele madeiro, aleluias.

Creia nisto e aceite o dom dado de graça por Jesus, seja livre, seja salvo.

Noix no Pai!
Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence