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Meu Versículo Padrão

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar BAP, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

sexta-feira, 23 de março de 2018

O Que Tem Saído da Sua Boca?

E aí JovensDJesus, prontos para mais uma meditada na Palavra de Deus? Ó, para você que chega junto deste espaço aqui há um pouco mais de tempo, já deve ter percebido que nossa pegada é a de demonstrar a aplicação básica da Bíblia ao nosso cotidiano, isto é, como podemos viver os ensinamentos de Deus na real. E já que é assim, então partiu mais uma vez.

Eu não sei o que você acha do que eu vou propor como meditação para hoje, mas muito tem me entristecido o fato do mau comportamento de uma galera estar jogado a reputação das igrejas no lixo. E se não bastasse esse mau testemunho, isto tem contribuído com muita força para que aqueles que não são cristãos se escandalizem e pior ainda, dizerem que isso que a gente é, eles não querem ser [tom triste aqui].


Mas se a gente der uma olhada lá para o que o Ninja Paulão disse a respeito do testemunho de vida, saberemos que nós não devemos dar motivo de escândalo a ninguém, em circunstância alguma, para que o nosso ministério não caia em descrédito (2Coríntios 6.3). Isto nos fala exatamente do cuidado que devemos ter para o que somos, principalmente quando não estamos dentro do “lugar mágico” chamado igreja. Sim, parece que o ambiente das igrejas exerce uma espécie de “magia” sobre os crentes, pois ao “passarmos pelo portal que pensamos dividir os santos dos perdidos”, parece que uma espécie de chave vira e fica todo mundo bonitinho na foto [riso comedido]. Bom seria se a gente conseguisse ser o que é na igreja exatamente quando não está dentro da igreja. Que tal a proposta? 

Gosto de pensar que nós deveríamos ir à igreja para dividir com os santos aquilo o que Deus tem feito com a gente. Um deveria dar um lindo testemunho de salvação, outro deveria levar uma palavra de sabedoria, outro profetizaria, outro dividiria o dom de cura que estaria sobre si, e por aí seguiria. Mas na verdade, as pessoas têm chegado às igrejas com o barrinha da vida piscando no vermelho [pense no videogame], para tentarem se recarregar de tudo que foram perdendo ao longo da semana dura e detratora da fé.

Diante disto, que eu considero ser uma verdade, quero te desafiar a imaginar no que as pessoas devem estar pensando sobre o que você tem deixado sair da sua boca lá na segundona brava, ou na sexta-feira sem lei. Será que a sua forma de falar tem demonstrado que você é um seguidor de Jesus? Ou será que isto tem feito de você um verdadeiro crente 007?

Ó pra cá:

Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegaram a Pedro e disseram: "Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia". (Mateus 26.73)

Esta passagem fala do triste momento em que Pedro deu uma das três negadas quanto a conhecer o Senhor Jesus, observando para o fato de que Pedrão foi reconhecido exatamente pelo seu modo de falar. Exato, quero chamar mesmo a sua atenção para a importância da forma falar, pois isto pode despertar o interesse das pessoas para a presença de Jesus na sua vida, ou muito pelo contrário, fazer com que elas se surpreendam negativamente ao você dizer que é um seguidor do Senhor.

Jovem, a prática do cristianismo nada mais é do que buscar uma relação mais próxima com Deus através de Jesus Cristo, pois Ele disse que ninguém irá ao Pai se não através, por intermédio, ou a partir dEle (João 14:6), pois Ele é O caminho. Mas ocorre que o cristianismo tem sido julgado a partir do meu e do seu comportamento, logo, como eu também já pensei antes de me converter, as pessoas devem estar pensando: Crentes... Quem viu um, viu todos!

Você está conseguindo se ligar na responsa?

E qual tem sido o nosso testemunho acerca do cristianismo, exatamente na nossa forma de falar? Hein, hein, hein?

Nas igrejas as nossas bocas são abertas para glorificar o nome de Jesus com cânticos, com adoração, com oração, com palavras de bênçãos ao nosso irmão, e por aí vai (...), contudo, em outros lugares essas mesmas bocas são abertas para dizerem palavrões ou coisas do tipo, então, nós imediatamente caímos na tipificação posta no texto que está em Tiago 3.9-12, ou seja, a mesma fonte tentando jorrar água doce e água amarga. Será que rola?

Mas o que é palavrão? A Bíblia se refere ao palavrão como “palavras torpes”, que são agressivas e de má fama. Talvez, creio eu, o nome torpedo seja derivado disto, pois os torpedos, com exceção daqueles que são enviados nas paqueras para acertar o coração de forma figurativa, são usados para agredir um adversário. Outra característica marcante do palavrão é que ele normalmente se refere à perversidade sexual e à depravação. Basta que se verifique nos dicionários que infelizmente trazem o significado da maioria deles, como se o brasileiro não soubesse muito bem.

Xingar e falar palavrões é fazer uso de um linguajar blasfemo, profano e vulgar, dando mostras de que algo em nós não está alinhado com imagem de Cristo, pois esta prática vai contra aos padrões divinos. E a Bíblia relata que o coração é a fonte daquilo que dizemos, tanto que está escrito:

Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e são essas que tornam o homem ‘impuro’. (Mateus 15:18) 

Então, aquilo que sai das nossas bocas vem do coração e dependendo do que seja, vai nos tornar impuros perante o Senhor. E sabem por quê?

Muitos, ao dizerem um palavrão, ou palavra torpe, se pudessem, dariam um tapa, um soco, ou até mesmo um tiro contra quem dizem isso. Então, quando fazem isso, estão apenas externando que o coração está sujo, cheio de impurezas, cheio de mágoas, de rancor, de ódio e de frustrações.

Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração. (Mateus 12:34) 

Jesus estava dizendo isso aos fariseus, a raça de víboras, mas o princípio ainda é valido e se aplica a nós também! Mas neste momento, se me permitem, eu prefiro usá-lo de forma contrária: Como nós, sendo bons, podemos falar coisas más?

- Com eu, amando a minha esposa, posso manda-la para todos os lugares impronunciáveis?

- Como eu, amando os meus filhos, posso xingá-los dos mais horríveis nomes? 

- Como eu, amando esses mesmos filhos, posso ficar dizendo palavrões dentro da minha casa, de forma que mais cedo ou mais tarde, eles estejam repetindo e eu, por minha vez, ficarei sem moral para repreendê-los?

- Como eu, querendo que as pessoas me respeitem, falo um monte de palavras que não denotam o menor respeito por essas mesmas pessoas que me ouvem?

Não se engane! Se você tem o hábito, tem o vício de falar palavrão, na primeira vez que você for cutucado de uma forma mais severa, palavrão é exatamente o que vai sair da sua boca. E por quê? Porque isso já está entranhado em você, e só você, ninguém mais do que você, pode querer se libertar disto.

Pense se é um papel bonito, você com uma Bíblia na mão, ou vestindo uma camiseta com dizeres bíblicos, ou tendo um adesivo no seu carro, no seu caderno, ou sei lá o que seja, abrir essa bocarra aí, e soltar um cabeludo palavrão? Sabe o que vai acontecer? O Espírito Santo será entristecido, bloqueado e apagado dentro de você, pois a luz e as trevas não podem conviver no mesmo ambiente, não podem ter comunhão (2 Coríntios 6:14c). Ou ainda, numa discussão mais acirrada na sua casa, num típico Charlie 4, ou no famoso QRU, a vizinhança toda te ouvir gritando um monte de palavrões?

O que será pensado a teu respeito? Já avaliou isto, ou você é daqueles que dizem: - Ninguém paga as minhas contas!!!

Assim, diferentemente do que ensina o apóstolo Paulo, o teu ministério vai mesmo cair em descrédito JDJ! Vai faltar testemunho positivo em você, vai faltar poder na sua vida.


- Se você louva – Teu ministério fica desacreditado e não toca o coração de ninguém. Nada mais do que música.

- Se você serve – Teu ministério fica sem brilho – É só suor e poeira.

- Se você prega, mesmo que não seja num púlpito – A Palavra perde o crédito e ninguém se converte.

A nossa vida precisa ser um esboço de mensagem o tempo todo. A ação viva e eterna do Evangelho deve ser visível e palpável em nós, até quando estamos de boca fechada, mas ainda mais quando estamos de boca aberta, proferindo palavras.

Na passagem de Atos 3, Pedro e João, quando iam orar no templo, encontraram um aleijado que pedia esmolas, ao que Pedro, fitando-o juntamente com João, disse: “Olhe para nós”.

Sabe que isso me diz? Que se nós somos a expressão do Reino, precisamos nos atrever, conquistar no Espírito a convicção da autonomia que temos como filhos de Deus, ao ponto de dizermos às pessoas para olharem para nós. Mas isso vai depender de algo chamado testemunho, que é visto no que fazemos, mas muito no que dizemos.

O desenrolar desta passagem a gente também conhece, pois Pedro disse àquele homem que não possuía nem ouro nem prata, mas o que tinha, isso ele o dava, dizendo em seguida: “Levanta e anda” – Em outras palavras: “Não tenho o que você quer, mas tenho o que você precisa. Isto está em mim e sai através das minhas palavras”.

Gostaria muito que esse artigo gerasse um incômodo em você, que você passasse mesmo a medir o que tem deixado sair da sua boca. Mas melhor seria se você pudesse dizer que já está livre desse mal, pois a vida que agora vive no corpo, vive-a pela fé no filho de Deus, que te amou e se entregou por ti e por mim. Comece agora!

Pense nisso com carinho, medite em Tiago 3 e veja muito mais o que a Bíblia tem a nos ensinar acerca do que falamos, com destaque para o seguinte verso:

Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo. (Tiago 3:2) 

E a partir disto, passe a orar como o Salmista, que pediu ao Pai:

Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios. (Salmos 141:3) 

É Noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

sexta-feira, 16 de março de 2018

Relacionamentos Positivos

Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade. (2Timóteo 2.24-26)

JovemDJesus, após ter lido este texto aqui, será que você consegue alcançar o quanto de valor Deus atribui à unidade e aos relacionamentos positivos?

E veja que não é só neste texto, pois todo o Novo Testamento tem algo a nos dizer a respeito de como devemos nos relacionar com outras pessoas, e eu digo que de todos os que eu pesquisei, este que eu trouxe como meditação aqui é uma amostragem de algo mais extenso, que fala de forma muito clara sobre diversos aspectos que tocam na forma de convívio entre os irmãos da fé. Se você fizer a sua verificação pessoal das escrituras com foco nos relacionamentos, verá que às vezes a referência é um mandamento, já noutras vezes é uma observação, mas o modo como nos relacionamos com os outros e o significado dos nossos relacionamentos interpessoais, é um tema de grande e especial importância na Palavra.

Então, após ler tudo isso, você poderá concluir, assim como eu conclui, que o nosso Deus ama relacionamentos, por isso Ele te criou e me criou, tanto que desde o Gênesis foi dito que “não é bom que o homem esteja só”. Amém e amém!

Quando focamos em tudo o que a Bíblia tem a nos ensinar sobre relacionamentos no NT, podemos concluir que Tato e Diplomacia são chaves que devem nos ajudar a edificar e evitar destruir as pontes de relacionamento, por isso mesmo há um lindo ensinamento que nos diz: “nunca corte o que você pode desatar”. Se ligou?

Houve um tempo na história em que o reino de Israel se dividiu, mas a gente normalmente não se lembra de qual evento promoveu essa divisão. Ela ocorreu quando o rei Roboão demonstrou insensibilidade e dureza para com aqueles que estavam sob o seu cuidado e os respondeu grosseiramente. Sim, pode pensar aí que Roboão foi um grosseirão mesmo!

A influência de Roboão com um líder foi drasticamente diminuída por causa da sua falta de diplomacia e tato em lidar com as pessoas (ele perdeu “apenas” 10, das 12 tribos de Israel). A parte mais triste foi que ele fora avisado por conselheiros sábios sobre exatamente como se relacionar adequadamente com aqueles que estavam sob seu cuidado (2Crônicas 10:7): “Eles lhe disseram: “Se te fizeres benigno [tato] para com este povo, e lhes agradares [tato], e lhes falares boas palavras [diplomacia], eles se farão teus servos para sempre”.

Em vez de responder severamente, Roboão teria sido sábio se atentasse para as palavras de Provérbios 15.1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – E como já lemos aqui hoje: Ao servo do Senhor não convém brigar!

Quebras de relacionamentos podem ocorrer por muitas razões, contudo, não queremos negligenciar e perder essa importante lição que nos é dada quanto a sermos dotados de tato e diplomacia. Mas infelizmente, o que temos visto na vida são muitas pessoas, e a gente também, não dando nenhuma pelota para o tato e a menor bola para a diplomacia. 

E você... tem sido ácido, cítrico ou grosseirão, igual ao Roboão?

“Mas eu não quero ser alguém que agrada a todos”! (você já estaria pensando ai com os seus botões)...

Muitos hesitam diante do pensamento de “agradar as pessoas”, porque eles pensam na falsidade da qual Colossenses 3.22,23 fala. Não querem ser artificiais, como os bajuladores de duas caras, que já chegam falando com voz suave e agradável na tentativa de abrir seu caminho para o topo, buscando mesmo alcançar seus objetivos particulares, não importando os meios utilizados. E ó... isso acontece em praticamente todas as áreas da vida, fique atento!  

Mas apesar disto, mesmo que existam as pessoas que tenham este lamentável desvio de caráter, ainda existe um lado positivo em agradar as pessoas. Considere a seguinte passagem dos escritos de Paulo:

Também eu procuro agradar a todos de todas as formas. Porque não estou procurando o meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos. (1Co 10.33)

O motivo para agradar as pessoas que é a chave! Paulo não estava em uma briga pela popularidade (Gl 1.10), não estava obcecado em ser politicamente correto, ele não estava buscando agradar as pessoas para obter um ganho pessoal. Em vez disso, ele procurou edificar pontes que serviram posteriormente para os propósitos do Reino. Ele foi muito deliberado e intencional nisso (1Co 9.19-23). Veja aqui comigo:

Porque, embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas [motivação do IDE]. Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da lei, tornei-me como se estivesse sujeito à lei, (embora eu mesmo não esteja debaixo da lei), a fim de ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, tornei-me como sem lei (embora não esteja livre da lei de Deus, mas sim sob a lei de Cristo), a fim de ganhar os que não têm a lei. Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho, para ser coparticipante dele.(1 Coríntios 9:19-23)

Quando a gente toma cuidado para ser agradável aos outros irmãos da fé, está simplesmente colaborando para que esses sejam salvos, pois assim como foi com Roboão, “apenas” por uma grosseria, podemos perder um reino inteiro. Você está me entendendo nisto? Ficaria tranquilo em saber que por causa de uma atitude sua, alguém se perdeu?

Por uma grosseria a gente literalmente destrói as pontes! Destrói um casamento, destrói uma carreira profissional, uma relação de família, uma amizade e muitas outras coisas na vida.

Para um relacionamento positivo e a manutenção das pontes são necessários: CTT (Conteúdo, Tempo e Tato).

A comunicação afetiva [sem grosserias], a qual é uma das nossas maiores ferramentas na edificação de relacionamentos positivos, envolve três componentes-chave:

- Conteúdo (o que dizer)
- Tempo (quando dizer)
- Tato (como e onde dizer)

Infelizmente, na maioria das vezes a gente parece focar exclusivamente no conteúdo em nossa comunicação, enquanto ignoramos os componentes vitais de tempo e tato. O que dizemos (conteúdo) é importante, mas não deve ser dito apenas para falar a verdade, mas para falar a verdade em amor, como está em Efésios 4.15.

O amor não apenas considera o conteúdo ou a exatidão da mensagem, mas também considera o bem-estar do ouvinte e se preocupa o suficiente para buscar a melhor maneira para comunicar a verdade. É essencial entender que até mesmo o melhor conteúdo pode ser minado significativamente se não exercermos a sabedoria e a sensibilidade em como o comunicamos. 

Isto é muito verdade! Podem existir situações em que toda a informação que deveria ser passada seja literalmente anulada em virtude da forma como foi passada... Quem nunca teve falta de tato ao falar, ou percebeu muita falta de tato em que lhe transmitiu uma informação?

Tato é definido como: Um senso apurado de o que dizer ou fazer para evitar ofender alguém; habilidade em lidar com situações difíceis ou delicadas; um senso apurado do que é apropriado.

Faça uma avaliação do seu comportamento aí, e conclua se você tem usado de tato para comunicar aquilo que deseja. Tudo isso sendo: pessoalmente, no Whats, por e-mail, telefone, ou de que forma seja.

Mas por que será que a gente não desenvolve essa importante qualidade? Acontece que em grande parte, é porque não empenhamos tempo para aprender a nos dominar na forma de comunicar!

Tato é delicadeza para com outros; é sensibilidade à atmosfera do momento; é uma combinação de interesses, sinceridade e fraternidade, dando a outro companheiro um senso de bem-estar na sua presença. Em poucas palavras, é o amor cristão, a reconhecida prática da regra de ouro!

Isso nos remete à habilidade de alguém de conduzir negociações delicadas e assuntos pessoais de uma forma que reconhece os direitos mútuos (seus e do próximo – empatia), e ainda guia a uma solução harmoniosa – Que seja bom para ambas as partes [como diria o Celso Russomano na Patrulha do Consumidor].

Como disse um sábio: “Tato é a arte de argumentar, sem fazer um inimigo”.

Seria um engano, todavia, tentar dar a impressão de que a delicadeza e a diplomacia são varinhas mágicas que garantem o sucesso em todas as situações. O fato de que você faz a sua parte, exercendo sabedoria e graciosidade, não garante que outros irão agir automaticamente da forma de que você gostaria que eles agissem [o tato daqui, nem sempre encontro o tato daí]. 

As pessoas se maravilharam com as palavras graciosas que foram proferidas por Jesus, MAS Ele ainda assim foi crucificado. João foi conhecido como “O Apóstolo do Amor”, MAS ele ainda acabou sendo exilado na ilha de Patmos.

Independentemente da reação dos outros, se eles fazem a coisa certa ou não, NÓS continuamos com a responsabilidade de nos tornarmos os melhores comunicadores que pudermos, andando em bondade e sabedoria e fazendo tudo o que está em nosso poder, com a ajuda divina, para edificar os melhores relacionamentos que pudermos ter com as pessoas.

Precisamos pedir sabedoria a Deus, enquanto tomamos a decisão de que as nossas palavras irão ministrar graça para todas as pessoas que as ouvem. Será que eu consigo ler um amém nos comentários? (#Estimulei)

Pense: “Aquele que aprendeu a discordar sem ser desagradável descobriu o mais valoroso segredo de um diplomata”. (Não conheço o autor, mas isso é tremendo).

Heráclito, o antigo filósofo grego disse: “O improvável é unido, e das diferenças resulta a mais bela harmonia, e todas as coisas tomam lugar pelos conflitos”. 

Nossa reação natural à palavra “conflito” é recuar diante dela como algo ruim e indesejável. Sim ou não? 

Certamente existe uma forma tóxica de conflito que destrói e fere – existem até os que procuram isso de forma insistente; contudo, existe outro entendimento desse princípio que é bem menos ameaçador, e deve ser encarado como algo benéfico – Como assim Roberto? Bebeste?

Eu gosto de dizer que toda discussão precisa levar os dois lados para um patamar superior (Vide Pv 27.17). Já vi pessoas maravilhosas, que entram em conflito a respeito de algo que discordam, mas porque eles mantiveram um coração aberto e não eliminaram um ao outro, eles se tornaram melhores amigos. Ambos aprenderam e foram acrescentados como um resultado do que eles aprenderam trabalhando por meio do conflito. Cultive a arte do conflito redentor!

Guarde este ensinamento, que eu tenho cultivado comigo desde o dia em que fui encontrado por Jesus: “Você não tem que estar errado para que eu esteja certo”.

Muitos indivíduos sábios têm aprendido a beneficiar-se, crescer e aprender por meio do conflito, eles têm cultivado a arte do conflito redentor. Considere os seguintes pensamentos ainda:

- Nós encontramos conforto entre aqueles que concordam conosco, mas crescemos entre aqueles que discordam. (Sydney Harris)

- Quando estamos debatendo uma questão, lealdade significa me dar sua opinião mais honesta, quer você pense que eu vá gostar, quer não. Discordância nesse estágio me estimula. Mas uma vez que uma decisão foi tomada, o debate se encerra. Desse ponto em diante lealdade significa executar as decisões como se elas fossem nossas. (Colin Powell)

- Tenha uma amigo para lhe dizer as suas falhas, ou melhor ainda, acolha um inimigo que irá assisti-lo atentamente para feri-lo selvagemente. Que bênção tal crítica irritante será para um homem sábio, e que incômodo e intolerável para um tolo! (Charles H. Spurgeon)

Então JDJ, dentro deste princípio de construir relacionamentos positivos, grave no seu coração algumas instruções muito importantes para nos moldar na graça em tempos de discordância:

- Sempre abra espaço para um ponto de vista oposto.

- Se um argumento precisa ocorrer, não o assassine.

- Se não for da sua forma, supere isso, siga sua vida.

- Às vezes, a melhor solução é a separação de ideais.

Não destrua as pontes que deveriam te servir para cruzar as fronteiras do relacionamento segundo o coração de Deus. Aprenda com a ajuda do Espírito Santo a arte de cultivar Relacionamentos Positivos.

É noix no Pai.

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

quarta-feira, 7 de março de 2018

A Culpa Não É Minha

E aí JovensDJesus, tudo na Santa Paz?

Você deve concordar que lidar com culpa e assumir a responsabilidade sobre o que fazemos de errado é outra coisa que a gente não gosta muito, desde muito cedo. Digo outra coisa porque na postagem onde eu falei sobre Foco na Obediência, escrevi que não gostamos muito de obedecer, mas certamente não é só isso que nos gera desconforto desde a criação, logo, nada melhor do que olharmos para o Gênesis e embasarmos esta constatação na Palavra. Vejamos.

E ele respondeu: "Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi". E Deus perguntou: "Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer?" Disse o homem: "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi". O Senhor Deus perguntou então à mulher: "Que foi que você fez?" Respondeu a mulher: "A serpente me enganou, e eu comi". (Gênesis 3:10-13)

Sem dúvidas esta é uma passagem clássica, a qual certamente todo mundo, de uma forma ou de outra, já deve ter ouvido falar. Ela nos ajuda a entender de onde vem a natureza que faz de tudo para nos arrastar para as práticas que não são as mais bacanas para as nossas vidas. E o que vem antes disto aí você sabe, pois Deus havia criado a terra e tudo o que nela há, depois criou o homem e o orientou para que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Em seguida Ele fez a mulher a partir da costela do homem, até que chegamos a este ponto aqui da história, onde ambos caíram na lábia da serpente e acabaram comendo exatamente do fruto que jamais deveriam comer.

É interessante notarmos que depois que a gente “pisa na bola”, há alguma coisa dentro de nós que sempre dá meio que uma azedada básica. Sim ou não? E eu costumo dizer que este é o momento em que o giroflex do Espírito Santo dá aquela silenciada e vem sobre nós o abominável peso da culpa. Sim, é exatamente assim que o inimigo das nossas almas age, pois ele nos oferece os seus pratos malditos para logo em seguida nos acusar perante Deus, quando também se encarrega de alardear para todo mundo saber que a gente vacilou, pois nos oferece o pecado no privado, mas em seguida lança no público, “pra geral”.

No caso de Adão e Eva, como eles ainda eram os únicos humanos da face da terra, a hora da verdade chegou bem rapidinho e olha que nem tinha internet na época hein (risos). Então Deus, do alto da sua onisciência, já sabia que os seus filhos haviam errado, mas ainda assim Ele quis saber da boca deles, pois quem sabe, no seu coração de Pai, Ele poderia liberar o perdão sobre a vida deles e passar uma borracha no assunto. Penso eu (...).

Mas eis que ao invés de assumirem a sua culpa para arcar com as suas responsabilidades, ambos, homem e mulher, buscam dar aquela esquivada, justificando o ocorrido e assim tentando tirar os seus corpos cobertos de folhas de figueira da reta.

Há um sábio ditado que diz que quem é muito bom de argumento, é muito ruim de arrependimento, assim, verifique se não foi exatamente dessa forma com Adão e Eva. Basta olharmos novamente para o texto bíblico e concluirmos isto de uma forma muito clara. Eu penso que talvez tenha surgido daí a também célebre frase dita por Hormer Simpson: “se a culpa é minha, eu ponho em quem eu quiser”. (ri aqui também)

Por que nós temos tanta dificuldade de assumir os nossos erros, mas por outro lado, temos tanta facilidade de encontrar alguém para pendurar as nossas culpas?

Adão e Eva tiveram atitudes marcantes, as quais eu queria que você entendesse aqui comigo, para juntos, tirarmos uma aplicação básica para as nossas vidas.

1 - Logo após terem cometido o erro, os seus olhos foram abertos.

Normalmente, até que a gente cometa o erro, a nossa visão fica atordoada e por isto não conseguimos ver claramente e nem entendemos a encrenca em que estamos nos metendo, o que também podemos chamar de obstinação em alguns casos.

2 – Ao terem os seus olhos abertos, viram que estavam nus.

Esta é a hora em que a ficha cai e a gente põe a mão na cabeça, ou na consciência, para dizermos para nós mesmos: O que foi que eu fiz?

3 – Buscaram folhas e figueira para cobrirem a sua nudez.

É o clássico momento em que buscamos encobrir nossos erros, para tentarmos fazer com que eles fiquem no secreto e com um pouco de sorte, ninguém fique sabendo. SQN!

4 – Esconderam-se, atrás das árvores do jardim.

Mas quando a notícia vaza, tentamos ficar na moita e pensamos que quanto menos aparecermos, melhor poderá ser para nós.

5 – Foram confrontados por Deus.

O Espírito Santo do Senhor nos confronta com os nossos pecados, para que possamos ser levados ao arrependimento e ao abandono das más práticas.

6 – Mas aí, ao invés de reconhecer que errou, o homem disse: “foi a mulher que me deste por companheira” - E a mulher, por sua vez, disse: “foi a serpente que me enganou”.

Ninguém assumiu a culpa, foi um jogo de empurra danado e a partir daí, esta prática vem sendo repetida na vida do homem e da mulher ao longo dos tempos.

Eu fico pensando que talvez, por esse problema não ter sido visto na vida do rei Davi, ele pôde ter sido chamado um homem segundo o coração de Deus, pois apesar de também ter errado muito, não se viu nele a tendência à esquiva, embora também tenha tentado encobrir o seu maior erro, exatamente como foi com Adão e Eva. Mas quando ele foi confrontado com o pecado cometido, ele não teve dúvidas em reconhecer: “Pequei contra o Senhor”. (2Samuel 12.1-13).

Davi não ficou tentando argumentar com o profeta Natã, ele não se prevaleceu da sua posição de rei para intimidar o profeta, muito menos colocou a culpa em Bate-Seba, que estava se banhando de janela aberta exatamente na hora em que o rei estava perambulando pelo terraço do palácio. Não! Davi reconheceu o seu erro e assumiu as consequências dele.

Que o Senhor encontre um coração parecido com o do rei Davi em nós, que embora cometa seus erros, tenha a firmeza de dizer: “Errei, como faço para reparar”?

Pense nisso JDJ, pois desta forma você evitará complicações muito maiores na sua vida, ficará de bem com a sua consciência e ainda evitará ter problemas com outras pessoas.

Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno". (Mateus 5:37)

Não existe meio termo, o que estiver aquém ou além da verdade é mentira e a mentira não provém de Deus. Por isso assuma sua culpa e tenha certeza que se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar nos purificar de toda injustiça. (1 João 1:9)

É noix no Pai.

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence