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Meu Versículo Padrão

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar BAP, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

quarta-feira, 24 de março de 2021

A Graça Sem Compromisso Perde a Graça

Olá JDJ, como estão as coisas? Bem sei que não está fácil para ninguém, mas sigamos crendo que o nosso Deus é bom e que o céu não está em crise. Amém? A nós compete “não entregarmos a rapadura”, jamais! Se estamos em guerra, lutemos com as armas que nos foram entregues pelo nosso Senhor.

Nesses dias tão complicados eu tenho pensado muito acerca da volta do Senhor. Sabe dos sinais que Jesus disse para que ficássemos atentos em Mateus 24? Então, a cada dia que passa eu fico com a sensação mais forte de que tudo está caminhando para o Dia do Senhor, de tão evidentes que esses sinais têm se tornado. Mas embora a coisa esteja mesmo se afunilando para aquele Dia, nós que cremos no Senhor não podemos pensar que o jogo está ganho, ou como fazem alguns jogadores de futebol, “calçarmos o salto alto” e começarmos a fazer as ditas firulas, achando que o adversário já não oferece perigo. Como eu postei no artigo A Espera Obediente (isto é um link), nem os anjos, nem mesmo o Senhor Jesus sabem quando isto irá acontecer, deste modo, aproveitando a ilustração do futebol, o “jogo só irá terminar quando o juiz apitar”, se é que me faço entender.

Olhando para a história, podemos perceber que na igreja primitiva, a doutrina da volta de Cristo, que todos consideravam iminente (leia 1Co 15.51 e 1Ts 4.15), servia de poderosa força para o bem. O trecho de 1João 3.2,3 nos mostra que a intenção era dar esperança, levando o homem a procurar progredir na santificação, purificando-se a si mesmo no seu ser. Mas por outro lado, quando eu leio as famosas epístolas pastorais que o ninja Paulão escreveu aos seus pupilos Timóteo e Tito, fico com a impressão de que a ideia da volta iminente do Senhor Jesus já havia se esfriado um pouco, tanto que Paulo fez questão de pô-la em discussão de maneira formal, para que isto continuasse exercendo influência positiva sobre as vidas dos crentes daquela época, e mais ainda sobre os crentes de hoje, depois de passados mais de dois mil anos. Pois eu penso que desde o dia em Ele subiu aos céus, como está em Atos 1.11, o tempo da Sua volta já começou a ser contado pelo Pai. Maranata!

Então, diante do que nós já entendemos até aqui, é muito importante que saibamos que o papel do “supervisor da igreja” é levar tudo isso em conta, para que essa expectativa seja vivida pelos crentes diariamente, para que a igreja perceba algo da glória do Senhor como resultado de um coração purificado de todo o pecado, mantendo o zelo pelas boas obras. Toda a ética cristã é essencialmente a mesma, para todas as classes da igreja, com observações particulares de comportamento de acordo com a posição de cada um, todavia, todos os crentes, de qualquer sexo, idade ou posição social, precisam ter uma esperança em comum, e, portanto, uma responsabilidade moral comum, com os olhos sempre atentos ao texto de Hb 12.14,15, especialmente no que diz respeito a esforçarmo-nos para sermos santos, e que tenhamos cuidado para que ninguém seja excluído da graça de Deus.

Mas como assim excluídos da graça de Deus? Agora eu buguei, você diria, né?

É importante que saibamos que a graça de Deus é dada, ou disponibilizada a todos, indistintamente, trazendo-nos o mais elevado benefício possível, a “salvação”, mas isso traz em sua companhia muitas elevadas responsabilidades no tocante à vida presente; e o bom pastor está na obrigação de informar seu rebanho a esse respeito. O fato de sabermos que existe uma gloriosa recompensa para nós, também nos obriga a sabermos que ela será mediada por Jesus Cristo, quando da sua vinda, pelo que também nenhum trabalho ou sacrifício pessoal podem ser considerados por demais exigentes ou pesados. Precisamos deixar de ter uma visão curta, focada apenas no presente, e passarmos a acrescentar a “dimensão da eternidade” à vida terrena, pois como temos um espírito, não deveríamos supor que a vida consiste apenas no corpo, para que assim, não vivamos em meio aos prazeres da carne, tipo, “deixa a vida me levar”. Manja?

Temos um compromisso com a graça que Deus nos disponibilizou por intermédio do martírio de Jesus, mas antes que alguém pense que eu esteja tentando vincular uma espécie de “merecimento” à graça, eu bem sei que ela nos foi dada de graça, todavia, jamais podemos pensar que ela não teve um preço, mas consideremos que esse preço foi muito alto, isto é, a vida daquEle que não tinha pecado em troca das vidas de todos os pecadores que o confessarem, logo, não é para todo mundo (isto também é um link). Por isto a necessidade de um compromisso da parte que quem a recebe [graça], pois receber um presente caro de alguém e não cuidar dele, é no mínimo, ingratidão, né?

E como eu demonstro o compromisso necessário com o presente chamado graça, Roberto? Você me perguntaria e eu te responderia...

Tendo uma vida santificada como Paulo instruiu em Tito 2, com a expectativa de que assim nós veremos a Deus. Certamente as pressões serão grandes, certamente teremos dias maus, certamente erraremos no caminho, mas se nós voltarmos os olhos para aquEle que nos deu o presente, Ele mesmo se encarregará de nos ensinar a lidar com o que nos deu. Os cristãos devem viver vidas santificadas porque a graça de Deus, que nos salva, também nos instrui a viver de um jeito novo. Não podemos dizer que recebemos a graça salvadora de Deus se não estivermos exercitando um estilo de vida que a graça possibilitou, caso contrário, seríamos como aquela criança que ganhou uma bola de futebol novinha, mas a pôs na cristaleira e jamais ousou a “brincar” com ela.

Ter a graça, mas não usufruir dos benefícios da graça, torna tudo sem graça, pois se o Senhor veio para que eu tenha uma vida plena (Jo 10.10), então eu preciso viver isto na plenitude do significado.

Pense nisso tudo aí JDJ, e depois, se quiser, deixe o seu comentário para eu saber como este artigo caiu na “boa terra” do teu coração.

É noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens