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Meu Versículo Padrão

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar BAP, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Somos Todos Barrabás

Então Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado. (Mateus 27.26)

JovensDJesus, se você tem o costume de ler a Bíblia, que não apenas contém, mas é a Palavra de Deus falando com a gente, já deve ter percebido como ela está repleta de passagens que embora não estejam identificadas de forma clara para quem lê num primeiro momento, são profecias tremendas acerca do plano de Deus para nós, vai vendo...

Para nos dar uma situada, o texto em destaque se refere a Barrabás, um homem cujo nome, segundo a enciclopédia livre Wikpédia tem o significado em aramaico de “Filho do Pai”, e que era integrante de um partido judeu que lutava contra a dominação romana denominado zelote, uma espécie de resistência contra o governo. Seu grupo agia através de ataques às legiões como meio de fustigar as forças invasoras dominantes. E ele foi preso após um ataque a um grupo de soldados romanos na cidade, quando um soldado foi morto e ele, junto com o seu grupo, foi acusado deste crime, portanto, pelas leis romanas, ele estava condenado à morte. O Evangelho segundo Mateus se refere a Barrabás como prisioneiro muito conhecido. João Marcos escreveu que Barrabás estava na prisão junto com os rebeldes que haviam cometido um assassinato durante uma rebelião. O Dr. Lucas relatou que ele havia sido lançado na prisão por causa de uma insurreição na cidade e por assassinato. Finalmente João informou que Barrabás era um bandido.

Ora, um homem que tinha o seu destino traçado e que num instante estava numa cela, em uma espécie de corredor da morte, talvez fazendo algo que lhe ajudasse a passar o tempo, quem sabe até escrevendo coisas nas paredes sujas daquele lugar e que, num momento seguinte, estava posto do lado de fora, apertando os olhos, fosse por causa da luz do sol que ele não devia ver fazia algum tempo, ou por não acreditar no que estava acontecendo.

Só realiza a cena aí:
Um soldado se aproxima da cela, abre a porta e diz: - Você está livre!
Então Barrabás, um tanto descrente no que acabara de ouvir, pergunta: - O quê?!
Então vem a informação final: - É, você está livre! Levaram o Nazareno no seu lugar.

Se avaliarmos de forma comparativa, Barrabás, de certa forma, nos representa, pois ele foi um prisioneiro libertado porque alguém que ele talvez nunca tivesse visto mais gordo na vida, tomou o seu lugar naquele corredor de agonia e recebeu a sentença de morte por ele, embora não merecesse isto.

Você entende assim? Foi exatamente como o Profeta Isaías já havia predito quando disse que o castigo que nos trouxe paz estava sobre Ele (Isaías 53.5). Barrabás teve toda a sua culpa trocada com alguém que era inocente, pois também está escrito:

Pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos. "Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca". Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados. (1 Pedro 2.21-24)

Quem saiba eu ainda possa ler um “aleluias” nos comentários, lá no final do texto!

Mas voltando mais um pouquinho para Barrabás, podemos considerar que ele foi mais esperto do que muitos de nós, em um único aspecto, senão vejamos:

Até onde sabemos, ele recebeu sua liberdade repentina como aquilo que ela [a liberdade] era, isto é, um presente imerecido, algo oque ele jamais poderia esperar. Alguém lhe jogou uma espécie boia salva-vidas, e ele simplesmente a agarrou. Sob este aspecto, Barrabás teve uma atitude muito diferente da maioria de nós, pois qual é o nosso costume ao receber um presente? Não é tentar merecê-lo e/ou diagnosticá-lo, em vez de dizermos simplesmente: “muito obrigado”; e aceitá-lo?

Jovens, por mais irônico que possa parecer, uma das coisas mais difíceis da gente aceitar é ser salvo pela graça, pois existe algo dentro de nós que reage à dádiva gratuita de Deus, por isto a gente tem a estranha mania de tentar criar regras, leis e sistemas que tentem nos tornar “dignos” do presente que o Pai nos deu através de Jesus Cristo, mas eu posso te garantir que não há nada que possamos fazer para pagar tamanho favor. Nada!

E ainda quanto a esta afirmativa, qual seria a nossa dificuldade em crer num versículo igual a este?

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus (Efésios 2.8)

A nossa condição para recebermos esta salvação segundo o Apóstolo Paulo é apenas termos FÉ, nada mais do que isto, pois não há merecimento algum no recebimento deste presente, pois ele é um “dom”, que segundo o dicionário Michaelis significa: i. dádiva, presente; ii. dote natural; talento, prenda, aptidão, faculdade, capacidade, habilidade especial para; iii. bem que se goza, considerado como uma concessão da Providência; e iv. teologia: Bem espiritual proporcionado por Deus; graça, mercê.

Portanto, podemos ler que nós somos salvos de presente da parte de Deus, se tão somente crermos por meio da fé. Mas por que a gente não recebe o presente e pronto?

Talvez o ser humano tenha desenvolvido um orgulho, pois aceitar a graça significa também concordar que nós precisamos dela urgentemente, mas a maioria de nós não gosta de fazer isto. Aceitar a graça implica ainda em aceitar a nossa situação desesperadora, mas a maioria das pessoas não está muito propensa a aceitar isto. Talvez ao olharmos para dentro de nós mesmos, tenhamos que reconhecer que estamos cheios de mazelas que certamente nos colocariam no corredor da morte, assim como estava o tal do Barrabás. Para isto teremos ainda que reconhecer que sem Jesus nós estávamos mortos nas nossas transgressões, o que nos fazia caminhar a passos largos para a morte, em todos os sentidos.

Barrabás era esperto e estava ligado.  Agarrado ali e já sem esperanças no corredor da morte, eu acho que ele nem resistiria à execução de sua pena. Talvez ele nem tenha entendido a misericórdia e certamente ele também não a merecia, mas diferente de muitos de nós, ele não estava disposto a recusá-la. Ele viu a boia sendo atirada n’água e se agarrou a ela, não pestanejou por um segundo se quer, pois tinha consciência que aquele era o único caminho possível, e jamais poderia haver outra chance igual aquela para ele.

Se compararmos, hoje a nossa situação não é muito diferente da de Barrabás, pois sem Jesus, nós também somos prisioneiros sem chance de apelação, contudo, sabemos que Ele se deu por nós, por isto mesmo, baseado nesta informação, eu nos pergunto:

Por que muitos têm permanecido em cadeias, mesmo quando a porta da cela está destrancada? Por que a gente não aceita a libertação, assim como fez aquele homem, que embora soubesse da sua condição de culpa, nem pensou que talvez pudesse ser uma brincadeira dos soldados? Mas ele simplesmente voou para sua liberdade!

O Espírito Santo quer te dizer que a porta da cadeia já foi destrancada, mas é você que precisa andar para fora! Mas (...) por que você ainda está aí dentro?

O que tem te aprisionado e servido para o inimigo soprar nos teus ouvidos, dizendo para você ficar aí mesmo, que este é seu lugar, que não adianta esse papo de Jesus na sua vida?

- São pecados de estimação que teimam em te laçar e te mostrar a morte, ao invés da vida? Leia Romanos 6.23!
- É a falta de domínio próprio, que faz uma pessoa refém pelas emoções? Leia Gálatas 5.22!
- Você é prisioneiro da sua própria língua, que teima em não querer se submeter à direção do Espírito Santo? Leia Tiago 3!
- A situação financeira tem feito de você um verdadeiro hamster, que corre preso na ciranda da vida, mas que sempre volta ao mesmo lugar de necessidade? Leia Mateus 6.21!
- Seriam os traumas e eventuais palavras malditas que você recebeu ao longo da sua vida? Leia Filipenses 4.7!
- Haveria alguma raiz de incredulidade, rebeldia ou orgulho gerando cadeias ao seu redor? Leia Mateus 11.29!

Entenda que quem busca a Deus tem que estar preparado para tomar decisões radicais baseadas na Palavra de Deus, as quais algumas vezes não irão agradar, nem a nós e nem aos outros. Mas note que Deus não quebra princípios, pois a quebra de princípios conduz à morte. Leia Gálatas 1.10!

Comece a avaliar as características de quem está prisioneiro e veja se por acaso você identifica alguma delas na tua vida, para que após ler este artigo você seja completamente livre e todo este peso seja definitivamente pregado na cruz. Quem está preso perde o direito de ir e vir; perde autoridade sobre o seu próprio corpo e suas emoções; perde os vínculos familiares e de relacionamento como um todo; perde a alegria pelas coisas simples da vida; e perde a vontade de viver.

Antes que o inimigo te sopre mentiras nos ouvidos, eu não estou querendo que você se espelhe num mau exemplo como Barrabás, contudo, quero te convidar a avaliar que se aquele homem, criminoso e condenado como era, foi liberto em virtude da morte de Jesus, nosso Salvador, não há nada que possa te manter aprisionado hoje, seja por qualquer motivo. Nós já somos livres em Jesus, basta crermos, pois Ele mesmo disse: “E conhecerão a verdade e a verdade os libertará” (João 8.32).

Seja definitivamente livre, seja definitivamente salvo, pois Ele se deixou prender, se deixou crucificar e se permitiu morrer no meu e no em seu lugar!

Aquela cruz não tinha sido construída para Jesus, mas ela também não era só de Barrabás, ela era minha e sua, mas o Senhor Jesus ocupou o nosso lugar ali naquele madeiro, aleluias.

Creia nisto e aceite o dom dado de graça por Jesus, seja livre, seja salvo.

Noix no Pai!
Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Nove Mulheres Não Geram Um Filho Em Um Mês

Amigos, se existe algo que Deus tem me ensinado no decorrer nos últimos anos é que Ele tem um tempo e um modo para fazer tudo, rigorosamente tudinho nas nossas vidas. Nós, que somos criação de Deus, vivemos num tempo chamado Chronos, mas Deus tem o Seu tempo próprio, chamado Kairós, que significa o tempo oportuno que Ele define para vivermos algo que Ele mesmo tem planejado para nós.

Mas quando a gente se refere a tempo de Deus, hummm, normalmente dá até uma urticária, sim ou não? E isso acontece pelo simples fato do ser humano não curtir muito este lance de esperar, basta a gente se deparar com um tempinho de espera para que entre num, digamos, mini pânico. Desde crianças nós já damos esses sinais de desespero quanto ao tempo da espera, e é aí que aqueles mais antigos nos dizem: “Nem parece que você nasceu de nove meses”.

Não é interessante a gente pensar nisto um pouquinho só? Não é irado a gente entender que para tudo há um tempo e um modo definidos na arquitetura do universo? Não seria muito louco se um casal apressadinho pudesse contratar nove mulheres para gerar a sua criança em um mês? Pensa num desespero (risos)! 

Desde o Gênesis Deus tem mostrado para o homem que Ele se move por princípios em simplesmente tudo o que faz. Cabe a este mesmo homem, no caso nós mesmos, entender que dentro deste conjunto de princípios o Criador tem um tempo e um modo que precisam ser discernidos, caso contrário a gente cai na terrível tentação de dar uma “forcinha” para Deus, ou ainda, de pensar que Ele, quem sabe, tenha se esquecido de nós em meio aos seus muitos afazeres que certamente tem.

É muito intrigante a gente notar que na medida em que o tempo passa, a nossa tendência é ter menos paciência para esperar as coisas acontecerem, basta olharmos que somos de uma geração em que a palavra esperar não faz muito parte do contexto. Nós somos mesmo a geração dos fast foods, da pipoca de micro-ondas, do toque para fazer e toque para ter, do tudo ao alcance da sua mão.

A grande questão é que a gente acaba se acostumando com esta parada de tudo precisar ser rapidinho, com muitos megabytes de velocidade, para então cairmos na armadilha de pensarmos que o download das bênçãos de Deus está demorando muito para ser concluído, logo, não custa nada dar uma “empurrada no processo” e fazer com que as coisas andem no nosso ritmo. Eureca!

Ó, mas não é só porque a gente vive na época dos grandes avanços tecnológicos que podemos pensar que este negócio de pressa só acontece hoje JovemDJesus. E eu quero te mostrar que lá nos primórdios o homem já curtia este lance de querer “ajudar a Deus”. Claro que de uma forma menos sofisticada, mas já gostava muito desse lance de "empurrar o processo".

Vamos olhar para Abraão, quando ainda se chamava Abrão e Deus disse que dele seria originado um grande povo, tão numeroso quanto as estrelas do céu, embora ele fosse mui avançado em idade. E para piorar um pouco só, Abrão era marido de Sarai, uma mulher também avançada em anos e só para dificultar ainda mais um pouquinho, ela era estéril. Promessa fácil de internalizar, não é (risos)?

Aí, como bons humanos que eram e já cansados de esperar pelo tempo e o modo de Deus, pois já haviam mais de dez anos que eles estavam em Canaã e nada, Sarai cansou de esperar e saiu com esta “solução” aqui, ó:

Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dera nenhum filho. Como tinha uma serva egípcia, chamada Hagar, disse a Abrão: "Já que o Senhor me impediu de ter filhos, possua a minha serva; talvez eu possa formar família por meio dela". Abrão atendeu à proposta de Sarai. Quando isso aconteceu já fazia dez anos que Abrão, seu marido, vivia em Canaã. Foi nessa ocasião que Sarai, sua mulher, entregou sua serva egípcia Hagar a Abrão. (Gênesis 16.1-3)

“Talvez eu possa”... Quem nunca pensou, ou até mesmo falou isto para si mesmo? 

“Ora, Deus me deu uma promessa, Ele disse que iria me abençoar e me fazer prosperar nesta ou naquela área, então, tudo o que eu fizer neste sentido (...) será uma bênção”!

Só que não! Pois como eu já mencionei aqui, Deus tem o Seu tempo e modo de fazer as coisas e invariavelmente quando a gente tenta dar uma forcinha para Ele, as coisas tendem a fugir do nosso controle dicunforça. Vejamos:

Ele possuiu Hagar, e ela engravidou. Quando se viu grávida, começou a olhar com desprezo para a sua senhora. Então Sarai disse a Abrão: "Caia sobre você a afronta que venho sofrendo. Coloquei minha serva em seus braços, e agora que ela sabe que engravidou, despreza-me. Que o Senhor seja o juiz entre mim e você". (Gênesis 16.4,5)

Como vemos, as coisas deram ruim para Abrão, que ao ter aceito e, quem sabe até gostado da ideia da sua mulher Sarai, teve que arcar com as consequências do que havia feito. Mas é muito interessante a gente notar que da mesma forma como aconteceu com aquele homem nos primórdios da humanidade, acontece da mesmíssima forma com a gente hoje, pois ao fazermos as coisas do nosso tempo e do nosso modo, perdemos completamente o controle das consequências que podem advir disto, pois nem sempre o nosso lápis vem com uma borracha numa das extremidades, se é que você me entende. No caso de Abrão, as coisas deram tão ruim que até hoje a geopolítica é impactada por isto nas relações pouco amistosas que rolam lá pelo oriente médio entre as nações árabes (muçulmanos) e israelenses, numa contenda que parece não ter fim.

Deus disse que daria uma descendência a Abrão e depois Ele disse até qual seria o seu nome, Isaque, o filho da promessa. Todavia, antes Abrão gerou Ismael, o filho da pressa, o filho do download turbinado, leia lá em Gênesis 17.

O mais interessante nisto tudo é vermos que mesmo sendo um grande vacilão neste sentido, ainda assim Deus abençoou o já Abraão, o pai de muitas nações (Gn 17.5) e a sua esposa já Sara (Gn 17.15), pois o nosso Deus não pode mentir e também não se arrepende de uma promessa feita, MAS as consequências permanecem sem controle pleno, e como foi com eles, assim também é com a gente.

Diante disto, eu queria te perguntar: Será que você não anda querendo dar uma forcinha para Deus?

Pense aí consigo mesmo e veja quantas decisões você tem tomado, ou planeja tomar, baseado apenas no seu próprio sentimento e/ou turbinado pela pressa?

Era para você ter mudado de emprego? Ter se matriculado naquele curso da faculdade? Ter iniciado o namoro com aquela pessoa? Ter comprado aquele carro? Ter se casado de uma forma tão rápida? Ter feito um montão de coisas da sua própria cabeça por simplesmente ter a convicção de que se Deus disse que ia te abençoar, então Ele estaria obrigado a fazer isso de qualquer jeito?

As vezes a gente acha que se der uma acelerada no processo as coisas irão sair do mesmo jeito, só que mais rápido, todavia, deixamos de lembrar que a assim como na geração de uma criança, as bênçãos de Deus também se sujeitam ao fator tempo, e mesmo que tentemos empurrar este processo, uma criança não pode ser gerada em um mês, mesmo que se pense em usar nove mulheres para este objetivo. Não adianta a gente usar dos nossos artifícios humanos para tentar liberar o que muitas vezes é espiritual e/ou precisa obedecer a uma ordem natural.

Creiamos em Deus e apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquEle que prometeu é fiel, conforme está escrito em Hebreus 10.23, portanto, se a promessa é dEle, nós iremos receber, no tempo e do modo dEle.

Pare de dar uma forcinha para Deus JovemDJesus! Aquiete o seu coração e espere o tempo dEle, pois assim como disse o rei Davi em Salmos 42.5, ponha a sua esperança em Deus, pois você ainda O louvará após ter recebido a promessa.

Não quero dizer com isso que você deverá cumprir à risca o hino nacional e ficar “deitado eternamente em berço esplêndido” esperando as coisas caírem dos céus literalmente, pois nessa hora o mais importante é ter a Postura Para Receber (isto é um link), no tempo e no modo de Deus, e estar pronto para quando a hora chegar e a bola for lançada para você fazer aquele golaço.

Pense nisso, seja abençoado, seja uma bênção.

Noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Salvador Sim, Mas Senhor Também

E aí galerinha JovemDJesus, saudades de blogar depois de um bom tempo sem aparecer por aqui, mas como eu gosto de dizer, a gente demora mas aparece. Não é?

Depois de uma temporada em missão no sertão nordestino, vendo muitas maravilhas sendo feitas por Deus e após ter feito muitos apelos à salvação, me deparei com uma conclusão curiosa ao constatar que muitas pessoas conhecem, querem e até recebem Jesus como Salvador, mas na hora de tê-Lo como Senhor, dá aquela “espirrada no taco”. Explico-me, claro!

Em primeiro lugar, vejamos o que a Bíblia diz a esse respeito.


Eu, eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum. (Isaías 43:11)

Como lemos, Deus se apresenta em Isaias como o Senhor e único Salvador, deste modo, já devemos concluir que ninguém mais pode ser reconhecido como alguém que salva, a não ser o próprio Deus e este na pessoa de Jesus, que é o nosso redentor. Mas como isto seria? Você então me perguntaria...

Ora, a Palavra nos ensina tudo, tudinho mesmo acerca do plano redentor de Deus:

Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. (Romanos 10:9)

Mas a grande questão é que a gente só foca no “será salvo”, e esquece de observar que Jesus precisa ser confessado como o nosso Senhor, o que tem muita importância neste contexto aqui. Ser Senhor significa ter autoridade sobre algo ou alguém, gerar dependência e direcionar a vida deste alguém, mas só que na moral, a gente não gosta muito dessa ideia aí. Sim ou não? E dever obediência então, hein, hein?

Por meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a obediência que vem pela fé. E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo. (Romanos 1:5,6)

Olhar para Jesus como Senhor significa dizer que nos empenharemos em obedecê-Lo e que aceitamos pertencer à Ele. Quer dizer que nos empenharemos por viver segundo a Sua mente e que iremos nos submeter à sua direção dada através do Espírito Santo.

Mas, e quando esta direção for contrária à minha vontade? Quando acontecer desta mesma direção ir frontalmente contra aquilo que eu tanto gosto de fazer ou de pensar e pior ainda (...), que não é imoral, não é anormal e nem engorda?

Cara, quando passamos a reconhecer Jesus como Senhor, precisamos liberar e permitir que Ele influencie todas as áreas da nossa vida, mas isso não é nada fácil, pois irá exigir uma confiança maior da nossa parte para com Ele. Pois o fato é que a gente não está acostumado a ter experiências positivas quando permitimos que outra pessoa, além de nós mesmos, tome o controle das nossas vidas. Eu mesmo posso dizer que não é nada fácil entregar o volante do meu carro para outra pessoa dirigir... se é que você me entende.

Quando aceitamos o Salvador, a gente toma posse de tudo o que Ele tem para nos dar e se agarra firme à ideia de que estaremos protegidos por Ele, tanto que ora (quando ora) pedindo a proteção e as bênçãos dEle, et all; pede para ter saúde, para ter provisão, paz e tudo mais de bom que Ele tem para nós. Mas é fato que quando a gente aceita Jesus, normalmente só O convida a entrar na sala de visitas das nossas vidas, para receber o que Ele tem para nos dar e depois disto é tchau mesmo, até a próxima necessidade ou momento em que pararmos para falar com Ele. Como se a nossa vida pudesse ser conduzida com momentos com Jesus e momentos sem Jesus, isto é, hora numa selfie ao lado dEle e outra hora se jogando dicunforça aos apelos do mundo.

O grande problema é que Ele não se contenta em parar por aí, então fica tentado entrar em outras áreas das nossas vidas até que a gente permita que Ele veja coisas que nós não gostamos de mostrar. Quem sabe não gostemos de mostrar pela bagunça ou pela consciência de não sabermos como se “brinca” com esse “negócio” que se chama vida plena e cheia de itens de série, como liberdade, por exemplo. E quando nós permitimos essa entrada, Ele nos diz: Me dá o controle disso e Eu te mostrarei como resolver tudo. Aí, com a sua luz restauradora, Ele entra e expõe todos os cantos obscuros das nossas vidas, ao que percebemos que Ele quer que O reconheçamos como Senhor sobre todas as áreas do que somos e temos, isto é: finanças, namoro, casamento, trabalho, atitudes, aparência, amizades, desejos etc... E aí a gente não curte isto.

Quando a gente convida Jesus para habitar em nosso ser ao ponto de nascermos de novo sob a sua graça salvadora, precisamos também, como Senhor, deixá-Lo indicar as próximas mexidas no "tabuleiro da vida" para nos direcionar ao centro de BAP (Boa, Perfeita e Agradável vontade de Deus). Entretanto, muitos de nós demoramos a fazer isso e em muitíssimos casos, por termos apego aos apelos do mundo, o que também sabemos que a nossa carne muito gosta.

JovemDJesus, o meu apelo de hoje é para que você não hesite em aplicar este texto aqui em sua vida: 

“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas” (Pv 3.5-6)

Notou o termo “todo”? Então, se quisermos que as coisas funcionem bem, temos de reconhecê-Lo como Senhor sobre todas as áreas de nossa vida, não apenas naquelas em que nós estamos perdidos ou precisando de uma força.

Não se sinta amedrontado ou apreensivo por abrir todas as áreas da sua vida para a influência do Senhor, Ele deve reinar sobre todas elas, pois isso lhe trará redenção, segurança e alívio, ou seja, o “combo” completo de uma vida genuína com Jesus.

Que após ler este artigo, a minha e a sua oração possa ser a seguinte:

A minha alma descansa somente em Deus; dele vem a minha salvação. Somente ele é a rocha que me salva; ele é a minha torre segura! Jamais serei abalado! (Salmos 62.1,2) 

E termine esta oração falando assim ó: “Jesus, eu te reconheço como Senhor sobre todas as áreas de minha vida e o único Salvador desta mesma vida. Ajuda-me a caminhar em tua perfeita vontade em tudo o que eu pensar, tudo o que fizer e em tudo o que eu disser”.

Noix no Pai demaix da conta!

Roberto Baence

Carioca estabelecido em Sampa 
Esposo de Flávia Mendes 
Pai de Arthur Baence 
Pai de Benicio Baence

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Por Que os Jovens se Desviam da Fé?

Amados Jovens de Jesus, nesses dias o Espírito Santo tem me feito meditar sobre o que levaria uma pessoa jovem, assim como qualquer uma das de questão lendo este artigo aqui, a se desviarem da fé. E percebam que quando eu falo “desviar da fé”, significa dizer que em algum momento da vida essa mesma pessoa que se desviou confessou a Jesus como o seu Senhor e Salvador. Ela certamente se batizou ao longo da sua jornada com Jesus e quem sabe até se envolveu em algum ministério na igreja, como cantar, dançar, tocar, servir, etc. Eu me refiro mesmo àqueles jovens que começam muito bem com o Senhor, quem sabe até ainda na idade infantil, mas com o passar do tempo entram na adolescência, mas não avançam muito na idade adulta caminhando com Jesus. Triste realidade, não é?

Parece existir mesmo uma espécie de peneira muito severa, de trama muito fina, que vai retendo os jovens quando eles terminam o ensino médio. Alguns passam por esta peneira e até ingressam na faculdade, mas acabam ficando pelo caminho no quesito fé, enquanto outros seguem para caírem logo a frente e alguns poucos permanecendo firmes.

Eu li num site [não me lembro em qual] que uma pesquisa feita nos Estados Unidos pelo Grupo Barna, uma importante organização de pesquisa cujo foco principal é a relação entre a fé e cultura, constatou que lá nos EUA cerca de 75% dos jovens cristãos deixam a igreja após o ensino médio. Acho que o Brasil também está por aí neste índice, ou até um pouco pior. 

O estudo diz que uma das principais razões por que os jovens agem assim é o ceticismo intelectual (descrença baseada na razão). Este é um resultado que surge pelo fato da juventude não ser ensinada sobre a Bíblia em suas casas ou [pasmem] até nas igrejas. As estatísticas mostram que os jovens passam uma média de 30 horas por semana nas escolas em geral, onde estão recebendo ideias que são diretamente opostas às verdades bíblicas, tais como a evolução das espécies [homem veio do macaco], a aceitação de ideologias distorcidas, que Deus estaria morto, etc. Em seguida esses jovens voltam para casa para ficarem outras 30 horas por semana na frente de uma TV sendo bombardeados por comerciais e programas lascivos e obscenos, ou em "conexão" com os amigos no Facebook, ficando online por horas e horas (isto é um link) conversando uns com os outros, ou jogando mesmo.

Por outro lado, o tempo gasto semanalmente na igreja em geral aprendendo sobre a Bíblia é cerca de 120 minutos [tempo médio de um culto]. Por isso não é de se admirar que os jovens saiam de casa sem uma fé cristã segura e convicta. Eles não apenas não estão sendo bem fundamentados na fé, mas também não estão sendo ensinados a, “de forma inteligente”, examinar os pontos de vista dos céticos que inevitavelmente desafiarão a sua fé e pior, acabarão por vencê-la... manja “água mole em pedra dura”?

A maioria desses estudantes não está preparada espiritualmente para entrar na faculdade, onde mais da metade de todos os professores de lá trata os cristãos com hostilidade e aproveitam cada oportunidade para minimizar, ou até mesmo afrontar a eles e sua fé. Não foi à toa que o filme “Deus Não Está Morto” foi gravado, pois se trata da pura verdade.

As pressões do mundo, somadas à falta de interesse e dedicação dos próprios jovens em prol de uma vida com Deus, torna muito difícil que ele consiga desenvolver uma fé convicta. Pois mesmo que ele passe a vida toda na igreja, se estiver vivendo com a mente dividida e sendo atraído aos apelos do mundo, o desvio será uma questão de tempo. Sei do que falo aqui!

Não podemos nos enganar, pois pensar que uma ida a um Culto de Jovens uma vez por semana, além de outras idas eventuais na semana à igreja, irão nos sustentar na fé, afinal de contas, ninguém vive com apenas uma ou duas refeições na semana, não é mesmo? Por isso nós precisamos desenvolver mesmo uma disciplina espiritual diária de vida com Deus [oração, jejum e leitura da Bíblia], caso contrário, a gente não resiste e adormece, como aconteceu neste texto aqui ó:

No primeiro dia da semana reunimo-nos para partir o pão, e Paulo falou ao povo. Pretendendo partir no dia seguinte, continuou falando até à meia-noite. Havia muitas candeias no piso superior onde estávamos reunidos. Um jovem chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormeceu profundamente durante o longo discurso de Paulo. Vencido pelo sono caiu do terceiro andar. Quando o levantaram, estava morto. Paulo desceu, inclinou-se sobre o rapaz e o abraçou, dizendo: "Não fiquem alarmados! Ele está vivo!" Então subiu novamente, partiu o pão e comeu. Depois, continuou a falar até o amanhecer e foi embora. Levaram vivo o jovem, o que muito os consolou. (Atos 20.7-12) 

Eu acredito que você já deva ter ouvido alguma pregação onde este episódio tenha sido retratado, e vou lhes confessar, não conheço duas figuras que possam ilustrar tão bem esta questão do abandono da fé, quanto os jovens Êutico e Demas.

Sobre Demas eu já postei um artigo chamado “Jamais Peça Para Sair” (isto é um link), onde usei o mote do filme Tropa de Elite para ilustrar como aquele “aspira”, que foi alistado no pelotão sob o comando o Ninja Paulão acabou desertando do seu posto de combatente. Aqui mesmo no Blog você pode encontrar o áudio dessa mensagem lá no link para o 4Shared, se quiser ouvir ao invés de ler.

Mas agora eu quero focar em Êutico, para que utilizando o exemplo daquele rapaz, nos fazer refletir um pouco sobre este tema, de forma que isto nos faça meditar também sobre as motivações que levam um jovem a se desviar da fé.

A passagem lida relata uma situação em que o povo havia se reunido para o partir do pão. Logo, uma ocasião especial, uma noite de Ceia do Senhor, quando os cristãos devem estar tremendamente animados e ainda mais fortalecidos da sua fé, afinal de contas, se trata da noite em que os crentes o fazem em memória de Jesus até que Ele volte para nos buscar como sua noiva (igreja). Naquela situação específica, quem estava pregando era nada mais nada menos do que apóstolo Paulo, homem cheio de Deus e tremendamente usado pelo Espírito Santo, tanto que ele escreveu praticamente a metade dos livros constantes no Novo Testamento da Bíblia (13 dos 27 livros no NT). Nós lemos ainda que naquele culto Paulo se empolgou e pregou um pouco mais do que o normal, indo até a meia-noite... [alguns já diriam: Ih, tá explicado!]

Pensa no coro comendo para todo lado? Deve ter sido “forte demais queridos”! Mas ali havia um jovem que não estava achando aquilo tudo tão interessante assim, tanto que nós lemos que ele adormeceu profundamente.

Realiza a cena aí... Uma noite de ceia, o Ninjão pregando, o azeite correndo, o fogo descendo e o jovem Êutico dormindo... E percebam que tem revelação quando a Palavra faz questão de mencionar que Êutico era jovem e ele que estava na janela, pois “sentado na janela” é aposição de quem está se importando muito mais com o que está acontecendo na parte de fora, do que com o que ocorre na parte de dentro. Sim ou não?

Lá dentro estava a igreja inflamada, o apóstolo pregando, o povo interagindo e Jesus se revelando. Mas lá fora estavam as luzes do mundo, os atrativos “daora”, as baladas ferventes, as paqueras, as poucas regras, os descolados e as facilidades apresentadas pelo diabo. Então Êutico acabara de se enquadrar com “crente girafa”, isto é, com o corpo dentro do cercado, mas com a cabeça lá fora.

- Um pouco crente sim, pois estava no culto, MAS um pouco mundano também, pois o seus olhos já haviam sido encantados.

- Um pouco crente sim, pois os seus pais deveriam estar lá junto com ele e por isso deveria ter um lar cristão, MAS quem sabe ele estivesse ido àquele lugar de maneira forçada, pois a sua vontade mesmo era a de estar lá fora, onde as luzes o atraiam e a rapaziada o aguardava para zuar muito, quem sabe até num sábado à noite.

Aí não teve jeito, foi só uma questão de tempo, pois “nique” a mensagem se alongou um pouco mais, o maluco roncou bonito, caiu da janela lá do terceiro andar e empacotou, morreu, babou.

Deste modo, até aqui nós já temos condições de cravar que o jovem normalmente não abandona a fé de uma hora para outra. Há um processo de esfriamento, um desviar de atenção [leia o artigo “Frozen Não” (isto é um link)], até que ele começa a se ligar muito mais nas coisas lá de fora do que nas de dentro da igreja. Então ele vai e senta na janela, adormece na fé, até chegar o dia que cai [pecado] e morre [primeiro a morte espiritual].

Queridos, não durmam na fé! Não durmam no desejo de conhecer Jesus mais e mais. Não durmam nos princípios de Deus. Não fique “todo se querendo” para o mundo, caso contrário, ele vai te pegar! Da mesma forma como o Espírito Santo pode te pegar por dentro, o mundo também pode fazer a mesma coisa, mas só se você deixar.

Isso vale para todos nós, sem a menor exceção, sejamos jovens a mais ou menos tempo. Se não conseguimos ser completos em Jesus, simplesmente não somos inteiros para a nossa fé, logo, em algum momento não suportaremos mais e cantaremos aquele “louvor” que diz: “Não dá mais pra segurar, explode coração”.

Quando alguém sai da igreja e se desvia da fé, é apenas a confirmação de que já estava desviado lá dentro há algum tempo, em virtude do flerte constante e contumaz com o mundo.

A palavra mundo [Kosmos do Grego], frequentemente se refere ao vasto sistema desta era, o qual é elaborado por ninguém menos do que o próprio Satanás. É um sistema que corre à parte de Deus e consiste não somente nos prazeres que são obviamente malignos, imorais e pecaminosos deste mundo, mas também se reflete ao espírito de rebelião que nele age contra Deus e gera uma resistência ou indiferença à Ele e à Sua revelação.

Que a nossa oração de hoje seja: 

Olha para mim e responde, Senhor, meu Deus. Ilumina os meus olhos, ou do contrário dormirei o sono da morte; os meus inimigos dirão: "Eu o venci", e os meus adversários festejarão o meu fracasso. (Salmos 13.3,4) 

Eu não quero dizer que quem está firme na igreja nunca peca, mas o cair aqui fala de se entregar dicunforça à prática do pecado, “como se não houvesse amanhã”, ou pior, como se Cristo nunca fosse voltar. O que é exatamente como a situação que foi vivida por Êutico ali, pois os irmãos ceavam em memória de Cristo, esperando pela Sua volta como Ele mesmo recomendou, MAS aquele carinha não estava nem aí para o acontecia lá dentro do templo, portanto, “santidade pra quê”? Ele deve ter pensado.

- Pra quê ser santo, se todo mundo tá se jogando dicunforça? - Pra quê ser santo, se o pessoal lá fora, em qualquer lugar, fica tirando um barato com a minha cara, só a toda hora?

Sabem da onde vêm essas questões?

Das profundezes do inferno, e sempre na primeira pessoa, para parecer que é você mesmo que as está fazendo. Tudo para te levar à queda da janela, assim mesmo como foi com Êutico.

Naturalmente aquela queda o levaria à morte, exatamente como aconteceu com Eva e Adão no Éden, isto é, a separação de Deus e a morte espiritual em primeiro lugar, tanto que o mesmo apóstolo Paulo disse aos romanos que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). E Tiago disse que a amizade com o mundo é inimizade com Deus (Tg 4.4).

Existem ainda os que a gente nem acha que estão literalmente sentados na janela. Esses são os “desviados de perto”! Não estão nem com a sua mente longe, mas estão enfadados com a vida religiosa, com os compromissos da igreja, com os irmãozinhos que estão em pecado bem ali ao seu lado, com os que “vacilam pra dedéu” e ninguém faz nada... uffa... Estão doidos para buscarem “outras possibilidades”, mas ainda não tomaram coragem para fazê-lo – ainda...

Quando uma pessoa se torna um desviado da fé, o sair da igreja é apenas o apito final da partida com vantagem para o inferno, pois o diabo começou a trabalhar na mente dela desde o dia em que ela decidiu andar com Jesus, e a cada concordância com as ideias dele, era um gol contra os céus marcado no placar do coração.

É assim que acontece comigo e contigo, ninguém está livre da peneira da fé meus queridos. Nem os discípulos de Jesus estavam livres dela, tanto que Ele disse a Pedrão:

"Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos". (Lucas 22.31,32) 

Como eu também escrevi noutro artigo chamado “A Peneira da Fé” (isto é um link), o intuito do inimigo, desde o dia em que nós decidimos que somos de Jesus pela fé, é exatamente nos peneirar até nos separar desta mesma fé, pois ao abandonar a fé, a presa fica muito mais fácil para aquele que ruge ao nosso derredor o tempo todo como um leão, procurando a quem possa tragar (1Pe 5.8).

Enquanto tivermos fé nos nossos corações e ficarmos firmados nela, o inimigo não conseguirá nos vencer. Mas não adianta a gente apenas dizer que tem fé, a gente precisa demonstra-la através das ações diárias, até porque a fé sem obras é morta (Tg 2.26), e a fé morta não espanta o capeta (Tg 4.7). Mas a primeira demonstração de fé é ficarmos firmes, pois se engana redondamente quem pensa que vai conseguir se manter firme na fé longe da igreja. E depois de ficarmos firmes, temos que falar dessa mesma fé para os outros, praticando o IDE dicunforça.

Como nós lemos no final do texto que serve de base para este artigo, o jovem Êutico morreu ao cair da janela, mas foi ressuscitado e saiu vivo para voltar para casa. Pois felizmente ele ainda estava dentro da igreja, embora já distante dela no coração, mas ainda estava fisicamente lá dentro. Isto mostra para nós que mesmo que já estejamos mortos na fé, é possível sermos reavivados, ressuscitados, SE quisermos.

Se você procurar conhecer a Cristo com profundidade, você vai ter as respostas para tudo o que precisa e as suas dúvidas serão desfeitas. Mas infelizmente, você tem tido a maior disposição para assistir a dez temporadas de séries no Net Flix, mas não tem disposição para ler um capítulo da Bíblia por dia, logo, se trata de uma disputa muito desigual, onde você está pedindo dicunforça mesmo para se desviar da fé.

As coisas do mundo só servem para nos anestesiar e para adormecer a nossa fé, por isso, é imperativo que não venhamos a dormir nunca quando se trata da fé, tanto que a Palavra nos alerta em várias passagens como esta, por exemplo:

Por isso é que foi dito: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre ti”. Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. (Ef 5.14-20)

Que o Senhor nos abençoe e que todos nós nos mantenhamos vivos na fé, para podermos continuar a nossa jornada de propagação dela pelo mundo. Pois Jesus precisa e conta com cada um de nós para isso.

É Noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

quinta-feira, 26 de abril de 2018

A Culpa Indelével

Amigos JDJ, há alguns dias eu li um meme que me deixou impactado e em crise ao mesmo tempo, onde se perguntava: Se você fosse acusado dos mesmos “crimes” que foram imputados a Jesus, você seria culpado ou inocente?

Nós sabemos que Ele andou por essa terra sem ter cometido pecado algum, conforme está escrito em 1Pedro 2.22, mas mesmo assim foi condenado pelos homens daquela época por ter amado demais, ter sido justo demais, e assim como faz o bom pastor, Ele deu a vida pelas ovelhas (João 10.11). Então eu creio, sem a menor sombra de dúvida, que os exemplos deixados por Jesus devem ser os balizadores das nossas ações, notando que eu não estou criando nenhuma teologia aqui, pois Ele também veio para nos dar exemplo, conforme pode ser lido em João 13.15 c/c 1Pedro 2.21.

Mas e o tal do meme? Cara, aquilo mexeu tanto comigo que eu fiquei um tempão me questionando se haveria na minha vida alguma marca de culpa que fosse indelével, isto é, que não pudesse ser refutada ou apagada, a ponto de me condenar por ser um seguidor de Jesus caso fosse estourada uma perseguição em massa aos cristãos no nosso país hoje (apenas uma hipótese). Isto me fez pensar nos apóstolos, os quais foram perseguidos até a morte, mas ficaram firmes sem tentar ocultar as marcas de que também eram “culpados” por seguir a Jesus, tanto que Paulo, o Ninjão, disse de forma muito categórica:

Sem mais, que ninguém me perturbe, pois trago em meu corpo as marcas de Jesus. (Gálatas 6:17) 

É claro que Paulo antes dessa fala estava dizendo aos gálatas que as marcas exteriores valem praticamente nada se não forem feitas antes no coração, principalmente porque muitos estavam levando o povo a se circuncidar no corpo sem o menor sinal de marca de arrependimento no coração, todavia, especificamente aqui ele se referiu mesmo às marcas que levava no seu corpo, as quais não podiam deixar a menor dúvida que ele era um “cúmplice” de Jesus. Mas não creio que o Ninjão se referia somente às cicatrizes que se fizeram pelos ferimentos que acumulou ao longo da sua jornada, mas também ao desgaste aparente que ele fez menção em 2Coríntios 4.16-18, o que compara os seguidores de Cristo à verdadeiras velas, que vão se desgastando ao longo da jornada, mas sempre iluminando o mundo por onde passam, afinal de contas, luz do mundo são.

Outro foi Pedro, que logo cedo experimentou perseguição em virtude das marcas de ter andando com Jesus, ainda no pátio onde o Senhor estava sendo espancado covardemente pelos soldados romanos, quando alguns se aproximaram dele e após ele terem trocado algumas palavras, dispararam:

"Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia". (Mateus 26:73) 

Tudo isso só me faz crer que é impossível uma pessoa ter se encontrado verdadeiramente com Jesus e não ficar com alguma marca que o “incrimine” de forma indelével. Alguém precisa olhar para o seguidor de Jesus e disparar imediatamente: Olhem, ele é um seguidor do Cristo, por isso é culpado dos mesmos “crimes” de amor ao próximo que Ele cometeu. Isto é algo muito sério a ser pensado pelos que se decidem por andar com o Senhor, pois não tem jeito, basta uma exposição verdadeira à Sua luz, que a gente imediatamente recebe o potencial “incriminamento” por tal motivo. Veja se não foi assim lá com Moisés, que quando subia o monte para ter com o Senhor, voltava dos encontros com a sua face brilhante, a ponto de tê-la de cobrir por causa do espanto e do medo do povo (Êxodo 34).

Sabe querido, o nosso grande desafio é deixarmos que essas marcas por sermos cúmplices de Jesus aflorem em nós, de maneira que seja quase que automático que alguém faça esta associação entre nós e o Cristo, afinal de contas, é por isso que nos chamamos cristãos. Quando as pessoas olham para um cristão, elas necessariamente precisam ver Jesus nelas, o que se mostra na forma do fruto do espírito manifesto em amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22,23). Não tem jeito JovemDJesus, nessa hora será como algum investigador dizer que as impressões digitais de um genuíno cristão estão por todo lugar onde você tocou. Isto não é tremendo?

Mas não esperemos que o mostrar dessas marcas só irá nos trazer benefícios neste mundo. Pergunte a Estevão e ele lhe dirá o que isso lhe custou. Faça a mesma pergunta para Tiago, mas não antes de juntar a cabeça dele ao corpo decapitado por Herodes. Assim como para qualquer outro que tenha seguido a Jesus de maneira clara naquele tempo, pois todos pagaram com a própria vida. Todavia, o senhor Jesus não enganou os discípulos e a nós Ele também não engana, basta vermos as falas dEle em Mateus 10.22, ao mencionar as perseguições e sofrimentos que pode enfrentar quem entra para o seu “bando” de benfeitores, os quais podem ser condenados a qualquer momento pelo “crime” de ser um cristão.

Você está pronto para isto? Já existem marcas indeléveis em você que tenham potencial para declará-lo culpado pelos mesmos “crimes” de Jesus?

Note que tudo que foi posto aqui, uma coisa também é muito verdade: Ficar sentado no sofá não produz marcas, assistir ou ler mensagens apenas pela internet não deixa marcas, ser um mero frequentador de igreja aos domingos não deixa marcas. Mas se deixar ser usado por Jesus na Sua obra deixa muitas marcas, então se prepare para ser considerado culpado.

Não se assuste com isso, pois para nós tem que ser motivo de alegria por passarmos por muitas provações, pois a prova da nossa fé produz perseverança e a perseverança deve ter ação completa, a fim de que sejamos maduros e íntegros, sem nos faltar coisa alguma, muito menos o fruto já mencionado aqui. Esta ação completa irá nos mostrar que mesmo passando por dificuldades e até perseguições por seguirmos a Jesus, há algo muito maior do que isso tudo nos esperando na vida eterna.

Creia na promessa maior do Senhor, pois Ele também falou:

Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. (Marcos 8:35) 

E então... Se você fosse acusado pelos mesmos "crimes" imputados a Jesus, você seria considerado culpado ou inocente?

E finalmente, em sendo considerado culpado, melhor ainda seria ser pego em um flagrante deste tipo aqui:

Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos. (Filipenses 3:8b-11)


Queira dicunforça as marcas indeléveis de ser um genuíno seguidor, servo, amigo e irmão de Jesus Cristo.

É Noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

domingo, 22 de abril de 2018

A Hora da Verdade


JovensDJesus, eu estive pensando sobre o que deve passar na mente da maioria das pessoas bem na hora em que elas ficam diante da bifurcação que indica dois famigerados caminhos, isto é, pecar ou não pecar. Mas ó, eu estou inserindo eu e você neste pacote também. Fechou? 

Com os Jovens que eu já tive a oportunidade de conversar sobre este tema, posso afirmar que a esmagadora maioria pensa na perda da salvação, na ida para o inferno e no afastamento de Jesus, pois é claro que assim como a Palavra assegura, é impossível estarmos nEle e andarmos nas trevas (João 12.46). Mas será que este é o máximo do pensamento que nós conseguimos ter nessa hora da verdade?

O que será que define as nossas ações no exato momento em que decidimos se pecamos ou não pecamos; se caímos ou não caímos; se erramos ou não erramos?

Alguns certamente poderão afirmar e com até bom grau de acerto, que se nós tivermos intimidade com Deus, isto irá nos proteger contra o pecado. Mas como explicar o que aconteceu com Adão e Eva lá no Éden? A Bíblia não nos informa que o próprio Deus falava com eles e lhes dava a orientação do que deviam e o que não deviam fazer (Gênesis 1 e 2)? Pesando desta forma, podemos concluir que só a intimidade não foi suficiente para lhes impedir de errar, logo, “deve haver mais que isso” (tom musical aqui)!

Então, se a consciência de que o pecado gera a separação entre o homem e Deus em todos os níveis, mas mesmo assim este mesmo homem peca, haveria um mecanismo que pudesse nos proteger deste mal chamado pecado, que sem dúvidas, é o grande termômetro do nosso nível de santidade? Sim, pois quando menos pecarmos, maior será o grau da nossa santificação e vice-versa.

Eu creio que enquanto nós estivermos nesse nível de "primeira fase", onde pensamos que não podemos pecar para não perdermos algo, não conseguiremos experimentar o melhor de Deus pelo simples fato de ainda não termos sido transformados pelo lavar da Palavra, assim como Jesus disse que aconteceu com os discípulos na passagem da videira e dos ramos (João 15.3). Pois a vida com Jesus precisa ser algo evolutivo, que em todas as vezes que nos encontramos com o Senhor, nós precisamos deixar algo nosso perdido para Ele, e na contrapartida, levarmos algo dEle, principalmente na mente, pois o transformar da mente é o início para uma mudança de vida. Isso é Romanos 12.2 dicunforça meus queridos!

Se eu e você estamos realmente num processo evolutivo de intimidade e de conhecimento de Jesus, até os nossos antigos erros precisam ficar para trás, o que não quer dizer que não viremos a incorrer em erros novos. O apóstolo João disse que orava para que os cristãos não pecassem, mas se isto acontecesse, eles poderiam estar certos que o Senhor estaria advogando em suas causas junto ao Pai (1João 2.1). Isto me diz que enquanto estivermos neste mundo, nós estaremos arriscados ao pecado, mas estando em Jesus, não seremos mais escravos do pecado (Romanos 6.18).

Então, se o medo da perda não é o melhor sentimento para se ter no momento da decisão entre pecar ou não pecar, qual seria o sentimento ideal? É muito simples JovemDJesus! O melhor sentimento a termos na hora da verdade é o amor pelo nome de Jesus, pois todos haveremos de concordar que quem ama não faz nada por obrigação ou por medo, mas porque quer fazer, por querer honrar a pessoa que ama.

Quem entra nesse nível de entendimento e de maturidade não se intimida com o local onde terá que ir, pensando que melhor seria se não fosse lá, afinal de contas, “a tentação tem endereço”. Quem está nesse nível não se sente ameaçado pelas pessoas com quem precisa conviver, pois embora as más companhias corrompam os bons costumes, como bem disse o Ninjão em 1Coríntios 15.33, esta pessoa tem a convicção do que é, no que crê e qual é o seu propósito nesta terra. Pois vamos combinar, se a nossa firmeza contra o pecado balançar ao ponto de termos que ficar calculando tudo para não sermos tentados, não é a tentação que está forte, mas o nosso amor pelo Senhor que está fraco. #ProntoDenunciei.

Exatamente por tudo isso, pelo trabalho que nos daria termos que ficar avaliando o que teria ou não teria o poder de nos fazer balançar no propósito de permanecermos santos, eu nos convido hoje a estabelecermos um código de conduta único e simplificado, porém, uma resolução pétrea. Sim! Sugiro fazermos exatamente o que o próprio Senhor Jesus nos ensinou na Palavra, nada além disso:


Ele respondeu: "‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’". (Lucas 10:27a) 

Afinal de contas, foi esta a resposta que o Senhor deu a um mestre da lei, quando foi perguntado sobre o que deve ser feito para se herdar a vida eterna, esta a salvação. Nada mais direto e reto!

Quem está convicto dos seus sentimentos por Jesus, já sai de casa determinado a se manter fiel a Ele, independente do que possa acontecer ou do que vier a se colocar na sua frente, exatamente como um marido fiel faz para com a sua esposa ou vice-versa. É tudo uma questão de determinação e posicionamento quando nos condicionamos a não errar, não porque temos medo de Deus, mas porque O amamos e queremos estar na presença dEle, só para sempre.

Como vimos, quando o mestre da lei perguntou o que deveria fazer para herdar a vida eterna, Jesus não disse para ele pecar pouco, mas disse para ele amar o seu Deus, sendo simples de entender que quanto mais amarmos a Deus, menos iremos pecar (...). Lembrou do Tostines® né? (risos)

Assim, quando estivermos diante do senhor, na hora de herdarmos a vida eterna, nós poderemos ouvir o que foi dito pelo profeta Isaías:


Abram as portas para que entre a nação justa, a nação que se mantém fiel. Tu guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia. Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna. (Isaías 26:2-4) 

O Senhor guarda aquele cujo propósito está firme, dando mesmo o escape prometido em 1Coríntios 10.13, então pense exatamente nisto na hora da verdade, nesse momento você será tomado da firme convicção de que o Senhor te fortalece por sondar o seu coração e ver que há amor pelo nome dEle aí dentro.

Pense nisso e viva isso na hora da verdade, não apenas para esta terra, mas para a vida eterna!

É Noix no Pai!

Roberto Baence

Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Fazer o Bem Faz Muito Bem

Ei JovensDJesus, nesses dias tão difíceis para o nosso país, onde o povo tem clamado por justiça e que o senso dessa mesma justiça tem sido tão heterogêneo entre a população, quero ter fazer a seguinte pergunta: Como você trata, ou já tratou àqueles que de alguma forma te fizeram mal?

Aí você, após “pegar um pouco de ar”, diria: “Dura é essa pergunta”! (risos)

Sabe JDJ, eu creio que é chegado o tempo em que o verdadeiro povo de Deus vai precisar se mostrar mesmo como diferencial da sociedade, quando esse povo, baseado nos princípios de Deus que estão escritos na Bíblia, irá se colocar na condição dita por Jesus, ou seja, de sal da terra e luz do mundo. A Palavra diz em Romanos 8.19 que a criatura espera ansiosamente pela manifestação dos filhos de Deus, isto é, quando irá surgir aquele povo que verdadeiramente se chama pelo Seu nome.

Notemos que além de luz do mundo, isto é, aqueles que andam na luz e permanecem na luz para iluminarem por onde passam (João 1.5), o sal da terra, mais do que dar sabor a um ambiente insípido, ainda serve para retardar o estado de putrefação do tecido da sociedade, pois a Bíblia também diz que o mundo jaz no maligno (1João 5.19), todavia, nós que somos a Igreja de Jesus, fomos estabelecidos por Ele como poder detentor do mal (2Tessalonicenses 2.7).

Diante deste contexto, podemos crer que uma das formas de manifestação dos filhos de Deus é a clara expressão do amor, pois Deus é amor. Deste modo, não haveria a melhor forma de exercitar este amor do que no exato momento em que estamos diante daqueles que nos fizeram mal. Hummm!

O apóstolo Paulo, também conhecido por nós como Ninjão, orientou aos romanos sobre como fazer isso na prática, isto é, quando o calo aperta mesmo, quando o bicho pega e nós estamos na iminência de nos manifestar como genuínos filhos de Deus, ou (...) filhos das trevas. Vejamos.

Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. (Romanos 12.20,21)

Eita Deus que nos aperta sem nos abraçar! Sim ou não?

Veja que a Palavra não se detém somente à condição daqueles que nos fizeram mal em algum momento, mas que na verdade a gente nem ficou magoado. Ela vai bem mais fundo, abraça bem mais apertado, e se refere ao inimigo.

“Ah, mas eu nem tenho inimigos declarados neste mundo”! Você diria.

Talvez você não tenha se declarado inimigo de ninguém mesmo, mas sempre poderá existir pessoas que irão declarar guerra a você, mesmo que velada, pelo simples fato de você carregar o Espírito Santo de Deus dentro de si, o que pode despertar um sentimento horrível naqueles que não O têm, ou se já O tiveram, acabaram O apagando dentro si. Isto também pode acontecer e a Bíblia, sempre muito à frente do seu tempo, também prevê esta espécie de “apagão do Espírito” em 1Tessalonicenses 5.19.

É mesmo interessante sabermos que nas leis da vida, certas forças são combatidas com um poder diretamente contrário a elas, como por exemplo: combater as trevas com a luz, o fogo com a água, o frio com o calor (...) e o mal com o bem. - Não seria raro e nem mesmo estranho nos dias atuais a gente pensar e até ver, muitos que querem combater o mal usando exatamente o revide, isto é, combatendo o mal com o mal em igual ou superior intensidade. Não é isto que vemos quando países entram em guerra? Não é assim que acontece quando pessoas se agridem verbalmente ou até mesmo chegam ao ponto da agressão física?

Diante disso eu me encontro avaliando no que os cristãos iriam se diferenciar do resto das criaturas de Deus, sendo homens ou animais, se agissem exatamente da mesma forma como todos agem. É necessário que estes cristãos se diferenciem do resto do mundo, não como pessoas melhores do que outras, mas tendo posturas melhores nos momentos das maiores crises. Pois se todos agissem da mesma forma negativa, em vão seriam os ensinamentos de Jesus, e em vão seriam os princípios bíblicos. Eu acredito que o fator chave de comprovação de autenticidade de um cristão genuíno se chama REAÇÃO, pois a forma como reagimos traz para fora o que está dentro de nós.

A nossa tendência natural é querer o bem de quem nos faz bem. Sim ou não? E por ter vindo a esta terra como homem e saber exatamente como nós homens pensamos, foi que Jesus nos deixou o seguinte ensinamento simplesinho, mas bonitinho:

Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. Dê a todo o que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. "Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os ‘pecadores’ amam aos que os amam. E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os ‘pecadores’ agem assim. E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os ‘pecadores’ emprestam a ‘pecadores’, esperando receber devolução integral. Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso". (Lucas 6:29-36)

O fato é que se queremos reduzir a ação do mal na terra, o antídoto é fazer o bem. O mal só vai deixar de viralizar quando a maioria dos cristãos entender que o mal não se vence nem com jejum, nem com oração, mas como nós já aprendemos na Palavra, ele só recua com a ação prática de fazer o bem. Direto e reto assim.

Além de tudo, há promessa para quem faz o bem, portanto, além de ser ótimo para a própria consciência, fazer o bem também gera recompensa pela perseverança de nos mantermos firmes no propósito de sermos cristãos verdadeiros, isto é, de revelarmos o caráter e as obras de Jesus Cristo em nós, confirmando que somos dEle.

E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.(Gálatas 6:9)

Amado, não imite o que é mau, mas sim o que é bom. Aquele que faz o bem é de Deus; aquele que faz o mal não viu a Deus.(3 João 1:11)

Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado. (Tiago 4:17)


Fazer o bem faz bem para quem o recebe, mas faz muito bem para quem o pratica.

Que tal se a gente começasse a mudar a nossa forma, não apenas de pensar, mas muito mais de agir e reagir, deixando mesmo que o Espírito Santo de Deus seja o nosso direcionador em todas as coisas?

Pense nisto e viva isto JovemDJesus, pois verdadeiramente não haverá do que se arrepender, assim como Cristo não se arrepende de só ter feito o bem por onde passou. 

É Noix no Pai!


Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence