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Meu Versículo Padrão

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar BAP, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Potencial, eu tenho?

 

Bora do JovemDJesus! O ano de 2021 está no fim e vai levar consigo todas as lutas e dificuldades que cada um de nós teve que viver ao passar por ele. Sim, tivemos que viver, pois a vida é cheia de desafios que nos provam o tempo todo para checar se somos aprovados no maior quesito da vida do cristão, a fé. E eu gosto de pensar que Deus Pai permite que passemos por tais provas exatamente para nos aprovar, pois qual pai não tem vontade de ver o seu filho aprovado num teste, seja ele qual for? Isto é muito verdade também sobre Jesus, que após ter sido batizado por João Batista, foi levado ao deserto pelo Espírito Santo para ser tentado, como está em Mateus 4. E como sabemos, Ele foi aprovado em todas as coisas, pois para cada investida do inimigo o Senhor tinha uma arma de defesa bem estabelecida na Palavra, então o inimigo já começou a ser derrotado a partir daquele episódio, aleluias!

Mas qual seria a necessidade do inimigo em já tentar reprovar Jesus imediatamente após Ele ter sido apresentado como O Filho Amado? É interessante pensarmos nisto, pois enquanto Jesus não foi apresentado dessa forma, Ele não passava do filho do Zé e da Maria da vila simples onde viveram. Sim, aquEle mesmo que trabalhava com madeira, logo, até aquele exato momento não parecia oferecer qualquer perigo ao inferno, apesar do imenso potencial que carregava.

E a nossa reflexão de hoje é exatamente sobre potencial, pois cada um de nós tem um enorme potencial, não apenas no que diz respeito ao desenvolvimento social ou profissional, mas também no que diz respeito ao mundo espiritual. Vejamos que Jesus era o filho do Zé e isto representava muito pouco para o mal (...), até que Ele foi batizado, o Espírito Santo veio sobre Ele como uma pomba e o Pai bradou do céu sobre quem Ele verdadeiramente é. Ah, então a partir dali Jesus começou a viver o seu potencial e imediatamente foi submetido a um duríssimo teste, onde o inimigo pelejou dicunforça para tentar separar o nosso Senhor da sua identidade de filho de Deus. “Se és filho de Deus”! Esta foi a grande questão imposta a Jesus, não apenas para tentar fazê-Lo pecar, mas também para verificar se Ele estava mesmo apto a viver todo Seu potencial.

Quem já me viu pregar, sabe que gosto de ilustrar potencial como uma mistura para bolo, não apenas pelo fato de bolo ser muito bom e atrair a atenção de qualquer pessoa, ou da maioria (risos), mas pelo fato de eu acreditar que o processo para a preparação do bolo sirva muito bem para exemplificar o que é potencial. Uma mistura para bolo, dessas vendidas em caixas ou em pacotes nos supermercados, tem um potencial para se tornar um bolo, entretanto, até que algumas coisas aconteçam, ela continuará sendo mistura para bolo e poderá nunca virar bolo, pois pode ter a sua data de validade expirada e ter que ser descartada. Ou seja, todo aquele potencial será desperdiçado pela falta de uso... Hum, interessante isso, não é?

Agora olhando para o melhor referencial, que é a Bíblia, vemos Jesus ilustrando toda essa questão de potencial na parábola dos talentos (Mt 25.14-30), onde Ele mostra a situação em que três homens foram contratados pelo seu senhor para cuidar dos talentos. Nessa passagem, eu creio que a ideia foi de fazer os discípulos pensarem um pouco sobre o encargo que estava sendo confiado a cada um deles. Mas o que devemos entender sobre talentos? Atualmente usamos a palavra num sentido diferente, e falamos de uma pessoa talentosa como aquela que tem uma habilidade notável quanto a isso ou aquilo, mas na passagem bíblica o termo tem significado diferente. O vocábulo original “talantos” é substantivo que dá a ideia quantidade, não qualidade de alguém que seja talentoso. Como posto por Jesus, não significa algo que temos, mas algo que Ele possui e empresta aos seus servos. Todos os talentos na parábola pertenciam àquele senhor e foram repassados por ele aos seus servos para serem comercializados. Do aspecto monetário um talento representaria algo em torno de mil dólares, portanto, bem relevante para nós nos dias atuais e ainda mais relevante na época de Jesus andando por essa terra.

Mas qual a importância espiritual desses talentos que Jesus disse que eram bens do Senhor? Já pensaram no magnífico estoque de mercadorias eles tinham em mãos para comercializar? A completa revelação do próprio Deus, como registrado na Bíblia; o glorioso evangelho de amor e graça redentora; os dons espirituais para a igreja sobre os quais Paulo escreveu; a fé entregue aos santos; e o dom e o favor do Espírito Santo, tudo isso está entre os bens, ou talentos, que foram entregues por Deus aos Seus discípulos, inclusive a mim e a você. É tudo inerente a Ele, pertencem a Ele e não são como coisas delegadas a alguém como nosso mundo material. Portanto, o que usamos para negociar durante a ausência do nosso Senhor pertence a Ele. Não é mercadoria nossa! Nossos bens próprios custam muito pouco e não vale a pena investir neles. O que nos é oferecido para enriquecermos o mundo é a riqueza espiritual que foi adquirida pelo preço infinito do calvário suportado por Cristo. Essa riqueza, além de qualquer comparação, é depositada em nossas mãos para fazermos investimentos. Os “bens”, então, não são um questionamento sobre as nossas posses ou do que somos capazes, mas são as insondáveis riquezas da Sua graça, providas quantitativamente para uma humanidade empobrecida.

Quanto a quantidade desses talentos que nos são entregues, eles são calculados segundo a nossa capacidade conhecida por Deus, e gosto da frase de G.H. Lang, que disse: “Deus não tenta colocar um lago dentro de um balde. O homem que tem uma capacidade maior de conhecimento tem um privilégio quanto a servir, uma responsabilidade mais pesada em ser fiel, e tem recompensa mais valiosa se for vencedor”.

Os servos de Deus diferem entre si em capacidade; e é por isso que o Espírito reparte seus dons a cada um como lhe apraz (1Co 12.11). Talento e habilidade não significam a mesma coisa. Os talentos são os dons espirituais do Mestre; a habilidade são as nossas aptidões naturais e nossa personalidade. Uma pessoa pode ter grandes habilidades naturais e, no entanto, nenhum dom espiritual. Contudo, a habilidade natural, que é também um dos dons de Deus, é necessária para que se possa receber os dons sobrenaturais. E com aplicação direta na parábola dos talentos, devemos entender que o senhor entregou uma quantidade de acordo com   a condição de cada um administrar, mas note que TODOS receberam alguma coisa para administrar, e essa distribuição desigual nos ensina muitas verdades importantes. Poucos indivíduos têm o privilégio de empregar cinco talentos a serviço do Mestre. Eles são excelentes como pregadores, comentaristas, evangelistas e até missionários. Por causa de seu profundo conhecimento das verdades espirituais e poder para torná-las conhecidas eles têm grandes responsabilidades, e mais se espera deles do que de outros que receberam menos dons do Senhor. Um número maior de indivíduos têm dois talentos. Eles estão numa posição discreta, de não muita evidência. Eles não são tão perspicazes e suas capacidades são mais limitadas. Mas o servo com aquele um talento é sem dúvidas a descrição da esmagadora maioria de nós, estamos assim classificados no serviço do Senhor. Contudo, aqueles dentre nós que menos têm, também estão obrigados a servir ao Senhor com o que possuem, e se o servirem fielmente com o pouco que Ele concedeu, também serão honrados e recompensados por Ele mesmo.

Se tivermos um talento, devemos usá-lo para ganhar mais um! Nossa limitação deve produzir em nós um incentivo a mais pela ação e persistência espirituais e morais. Em nossa longa caminhada, o que Deus elogia e recompensa não é a capacidade intelectual, se somos brilhantes ou populares, mas a fidelidade e devoção a Ele, sem qualquer reconhecimentos ou aplausos humanos. Se não podemos ser um Moisés, que sejamos como Arão ou um levita inferior e leal. Se não conseguimos ser um Paulo, que estejamos entre os santos desconhecidos que contribuíram com o que tinham para ajudá-lo.

Eis o meu e o seu potencial JovemDJesus! Dentro do conjunto de dons e talentos que o Mestre nos confiou, nós podemos ser alguém relevante para o Reino, mesmo que na grande parte das vezes sejamos anônimos. Muitas vezes nos bastidores, muitas vezes de joelhos dobrados num quarto solitário, muitas vezes contribuindo sem que ninguém nos veja ou reconheça, mas certamente aquEle que nos confiou os talentos nos vê e pedirá contas no Dia em que nos encontraremos com Ele. Maranata!

Assim como uma mistura para bolo tem potencial para se tornar um bolo, nós também podemos nos tornar aquilo que o Senhor planejou para as nossas vidas, contudo, algumas etapas são necessárias:

1 – Sair da inércia – Da mesma forma que alguém precisa se deslocar até o mercado para comprar a mistura, nós também vamos precisar nos mover para estarmos no lugar certo na hora certa. No pain, no gain!

2 – Esforço financeiro – Lembre-se que tudo que nós amamos precisa de investimento para ser conseguido. Alguém vai precisar gastar para comprar a mistura para bolo e leva-la para casa. Você está disposto a este dispêndio?

3 – É impossível chegar na plenitude do potencial sozinho – Embora a mistura tenha potencial para ser um bolo, ela vai precisar de outros ingredientes para atingir o seu objetivo final. Todos nós precisamos dos outros para chegarmos ao propósito maior.

4 – Esforço físico – Como a modernidade das batedeiras elétricas não cabem neste exemplo, a massa do bolo precisa ser batida para chegar ao ponto certo. Então a gente precisa suar a camisa para poder atingir o potencial que é. Como nada acontece por acaso, cabe de novo aqui o no pain, no gain!

5 – As dificuldades do caminho fazem parte – A massa vai ter que ser exposta ao calor para se transformar em bolo. Na nossa vida não é diferente! Somente passando pelas dificuldades nós iremos chegar ao objetivo. Lembre-se que só ganha uma medalha na maratona quem chega ao final... nunca vi alguém que desistiu da prova ser lembrado no rol da fama.

E então JovemDJesus! Bora dar vazão a esse potencial aí? Comece hoje, comece agora mesmo, não perca mais tempo. E nunca, jamais, entregue a rapadura, ou biblicamente falando, esforça-te!

É noix no Pai dicunforça!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens