Livre-Arbítrio é Bom?

Neste artigo eu gostaria de nos fazer refletir sobre esta pergunta que de uma forma indireta, nós em várias vezes acabamos questionando Deus se Ele teria acertado em entregar o livre-arbítrio em nossas mãos, o qual, de uma forma direta, irá “apenas” definir onde nós iremos passar a eternidade. Você não acha que isto não é uma grande responsa?

O fato é que desde o início da criação, o homem dá mostras para Deus que não sabe fazer escolhas. O homem não sabe discernir entre o bem e o mal, entre o que é bom e o que é melhor. Basta olharmos para os nossos primeiros ancestrais, os famigerados Adão e Eva, e concluirmos que o Senhor deixou nas mãos deles a escolha entre obedecer e desobedecer, escolher entre a vida e a morte (...), e o que foi que eles escolheram? É só você ler lá em Gênesis 2 e 3 para saber que escolheram exatamente a morte, primeiro espiritual, depois física.

Então a gente se pega perguntando por que Deus permite tantas coisas ruins acontecerem nas nossas vidas, nas vidas de tantas pessoas e no mundo todo, de forma geral. Por que tantas pessoas morrem de forme, morrem por doenças e morrem pela violência? Por que tantos fenômenos na natureza acontecem, que acabam gerando tanta dor? Mas se a gente for olhar bem direitinho, tudo isso acontece em virtude das escolhas que os homens fazem. Quem decide desperdiçar, ao invés de ajudar ao próximo é o homem. Quem decide ser negligente com a sua saúde, ou até mesmo criar ambientes para que pestes se proliferem é o homem. Quem opta por cuidar do planeta de uma forma irresponsável é o homem. Quem decide ser violento, ao invés de amar ao próximo como a si mesmo, é exatamente o homem. Notando que quando falo homem, me refiro à criação (homem e mulher).

A verdade é que precisamos entender que Deus não criou marionetes. Como a própria Bíblia relata, Ele criou todas as coisas e disse assim ao homem, vejamos:

Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra". (Gênesis 1:26-28)

Ora, pelo menos para mim, parece claro que Deus criou a terra e tudo o que nela há e logo depois entregou o domínio de tudo ao homem, como se dizendo: “Toma aqui filhão, eu confio em você, deixo tudo debaixo do seu domínio, para que você cuide como se eu mesmo estivesse cuidado, tanto que faço de você à nossa imagem” [do Pai, do Filho e do Espírito Santo], para lhe dar a autoridade, a legalidade, para este encargo.

Então Deus não disse que entregaria tudo ao homem, para depois ficar se metendo no negócio como a gente tende a fazer com os nossos filhinhos pequenos. Vejamos ainda que Ele teve o cuidado de entregar, não de largar na mão do homem, não de falar “se vira aí negão”. Deus deu as necessárias instruções e disse exatamente onde estava o maior perigo, todavia, foi exatamente no perigo que o homem foi “xeretar”.

Nessa “xeretada”, o homem vacilou, caiu e pior, entregou a autoridade sobre a terra na mão do inimigo, o qual recebeu a legalidade para atuar nela em virtude do pecado da desobediência que o homem cometeu. Assim, além do homem vacilar muito no papel que deveria exercer de domínio sobre a terra e sobre si mesmo, ele ainda abriu a porta para a ação do inimigo das nossas almas, que vem atuando, e muito forte, para exterminar exatamente com este homem que lhe deu tal abertura, veja em João 10:10. Portanto, a liberdade do arbítrio do homem foi entregue ao inimigo pela prática aprisionadora do pecado.

Deus confiou no homem ao ponto de entregar a sua mais linda criação nas mãos dele, tanto que vez ou outra Ele reitera o mesmo princípio de mostrar os caminhos do arbítrio para este mesmo homem. Vejamos:

Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam, e para que vocês amem o Senhor, o seu Deus, ouçam a sua voz e se apeguem firmemente a ele. Pois o Senhor é a sua vida, e ele lhes dará muitos anos na terra que jurou dar aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó. (Deuteronômio 30:19,20)

Deus nunca trai os Seus princípios, logo, se Ele fez o homem para ser livre, isto será desta forma para sempre! Mas ainda assim, por tanto amar este homem, Ele sempre tenta mostrar até qual deveria ser a melhor decisão, como se lhe desse uma prova de múltipla escolha com apenas duas possibilidades de respostas: a) Bênção/Vida; b) Maldição/Morte – E ainda faz mais, é como se Ele soprasse nos seus ouvidos (...): ‘A’, escolha a resposta ‘a’, para que vivas, não apenas tu, mas teus filhos e toda tua descendência, como está no texto que lemos agora mesmo. 

Isso nos mostra que da mesma forma que as nossas escolhas ruins de hoje, terão um efeito sobre os nossos descendentes, pois foi exatamente assim com Adão e Eva, que lá no Gênesis, fizeram uma escolha infeliz, que deu início à morte na terra.

O Pai viu que alguma coisa havia dado errado e tentou refazer em Noé, como está em Gênesis 6. Mas após tudo ser refeito, a coisa voltou para o mesmo problema, uma vez que a natureza livre do homem ainda estava contaminada com a inclinação para as escolhas erradas, como se fosse uma prisão mesmo. Desta forma, coube ao Senhor demonstrar através das 613 leis escritas por Moisés, que o homem tinha se distanciado muito do “projeto inicial”, e cabia a ele mesmo, por escolha, buscar o caminho de retorno ao centro da vontade de Deus.

As leis serviram para mostrar ao homem que a sua natureza livre estava sendo muito mal utilizada, que ele precisava se arrepender e voltar ao caminho do acerto, entretanto, por mais que ele tentasse encobrir os seus pecados através de sacrifícios, esses pecados ainda ficavam marcados na sua natureza. Por isso este homem precisou de um Messias, precisou de um Redentor para voltar a se tornar livre da prisão do pecado cometido. Messias que iria levar sobre si todos os erros advindos das más escolhas desse homem, mas até mesmo para receber isso, também seria necessária uma escolha.

“e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”. (Mateus 10:40b)

Jesus é O que tem poder para libertar o homem novamente, pois dentro do seu livre-arbítrio, este homem acabou se tornando prisioneiro dos seus pecados, então, mais uma vez Deus está dizendo para o homem: “Ponho diante de ti a vida e a morte, escolha a vida meu querido”! E o homem, meio desnorteado, sem saber o que escolher, se pergunta qual seria a resposta (...), ao que o Filho entra em cena para dizer:

Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. (João 14:6)

Para voltar a ser livre, para voltar a ter a vida, o homem precisa do Messias, precisa de Jesus, então ele poderá concluir que o livre-arbítrio é bom, desde que ele esteja realmente livre para exercê-lo segundo a sua natureza original, criada à imagem e semelhança de Deus.

Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão. (Gálatas 5:1)

É Noix no Pai!

Roberto Baence

Carioca estabelecido em Sampa

Esposo de Flávia Mendes

Pai de Arthur Baence

Pai de Benicio Baence

Líder da Nova Tribo - Grupo de Jovens da Igreja de Nova Vida em Alphaville

A Tua Parte No Milagre

Quem de nós nunca esperou ou ainda espera pela a realização de um milagre nesta vida? Quem de nós nunca ouviu aquela gelada frase, que é muito dita pelos médicos em casos extremos: "agora só um milagre pode salvar o caso"! O fato é que sempre que nos deparamos com uma situação que se mostre muito difícil de ser contornada, principalmente quando se fala de saúde, é a hora em que o nome milagre entra em cena. Sim ou não?

Hoje eu quero chamar sua atenção para a passagem da Bíblia que é até bem conhecida, a qual narra o milagre que Jesus realizou ao ressuscitar o seu amigo Lázaro, a quem Ele amava. E é importante que ao olharmos para o Capítulo 11 do Evangelho segundo João, podemos verificar algumas cenas sutis, as quais precisam receber um foco especial dos nossos olhares, pois sem isto, não conseguiremos entender os propósitos do Senhor naquele episódio. Sim, digo propósitos no plural, pois no dissecar do texto por tópicos, muitos ensinamentos importantes podem ser tirados, logo, te convido a vir comigo neste poderoso mergulho.

Então lhes disse claramente: "Lázaro morreu, e para o bem de vocês estou contente por não ter estado lá, para que vocês creiam. Mas, vamos até ele". (João 11:14, 15)

 
1 – As enfermidades podem vir sobre todos

Então as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: "Senhor, aquele a quem amas está doente". (João v3)

Quantos de nós, ao sabermos que existe alguém doente, ou até mesmo passando por alguma dificuldade na vida, nunca foi tentado a achar que aquela pessoa estaria em pecado ou sob qualquer tipo de maldição, a ponto de imaginar que seria uma espécie de “castigo de Deus”?

Muitas vezes esquecemos que estamos dentro de uma guerra espiritual e que embora o Senhor nos ame, o inimigo pode conseguir lançar sobre as nossas vidas alguns dos seus dardos inflamados, pois a Palavra diz em João 10:10 que “o inimigo vem para matar”, portanto, é papel dele trazer as enfermidades, mas o nosso papel é nos apropriar da palavra de Deus, que também diz no mesmo verso, que “Jesus veio para que tenhamos vida” e que além disso, “Ele tomou sobre si todas as enfermidades” (Mt 8:17).

A Palavra também afirma que maior é O que está em nós, do que o que está no mundo (1Jo 4:4), mas para que Ele seja o maior nas nossas vidas, temos que trazê-Lo para dentro de nós, isto é, Cristo em vós. 

A nossa parte na obtenção do milagre da cura é ter uma vida com Jesus, pois assim foi com Lázaro, aquele que era amigo de Jesus, aquele a quem o Senhor amava, isto é, a quem Ele queria muito bem. 

2 – Algumas tribulações veem para a glória de Deus

Ao ouvir isso, Jesus disse: "Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela". (v 4)

Às vezes nós preferimos ficar #ChateadosComJesus, a simplesmente crermos na recomendação que diz: “em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Ts 5:18). Aí, ao invés de nos agarrarmos a versos como este, ou até mesmo com o aprendizado na fala de Jesus no caso de Lázaro, a gente tende a andar por vista, ao invés de andar pela fé.

Jesus tanto sabia que para o homem é tão necessário que seja vista a glória de Deus, que Ele repetiu a mesma fala na passagem que retrata o caso do homem cego de nascença (Jo 9:1-4), onde o Mestre falou praticamente as mesmas palavras preferidas no caso de Lázaro, vejamos: Jesus respondeu: “nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus”. (v3)

Com base nisto, pare e pense que uma situação extrema, como de enfermidade, de calamidade ou até mesmo de morte numa família, pode ser para que a glória de Deus se manifeste! Você concorda? Mas para que isto serviria?

- Para que passe a existir paz no meio daquela família.
- Para que os familiares se unam num mesmo propósito.
- Para que todos se aproximem de Deus em fé.

A nossa parte na manifestação da glória de Deus é a de crermos que Ele é fiel para cumprir o que nos prometeu! 

3 – Jesus jamais chega em hora imprópria

No entanto, quando ouviu falar que Lázaro estava doente, ficou mais dois dias onde estava. (v6)

Jesus resolveu ficar mais dois dias e este foi o tempo suficiente pra que ao chegar no local, encontrasse Lázaro morto há quatro dias – Pense na situação aí! 

Mas se Ele chegasse com Lázaro ainda doente e o curasse, também seria um milagre, sim ou não? Mas será que o impacto de uma cura tem o mesmo impacto de uma ressurreição? Principalmente se tratando do propósito que estava estabelecido pelo Senhor para aquele momento com aquele povo?

Mas (...) se Ele chegasse após Lázaro ter acabado de morrer (tipo poucas horas depois) e o ressuscitasse, também seria um milagre, sim ou não? Mas será que não haveria alguém para dizer: “vai ver que nem morto direito o cabra tava”.

O nosso Deus é aquele que sonda e conhece os nossos corações, portanto, Ele sabe a medida certinha do aperto que nós podemos passar para podermos crer na provisão divina, tanto que as duas irmãs de Lázaro, que foram apertadas exatamente na mesma medida, tiveram a mesma fala de dependência de Deus:

Disse Marta a Jesus: "Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. (v21)

Chegando ao lugar onde Jesus estava e vendo-o, Maria prostrou-se aos seus pés e disse: "Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido". (v32)

Duas mulheres na mesma pegada de aperto!

Além delas duas, os discípulos também precisavam crer (v15), e todos os demais que presenciaram aquele milagre teriam que crer da mesma forma, tanto que no verso 42, Jesus, ao falar com o Pai, disse: “Eu sabia que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que creia que tu me enviaste". E em seguida, Ele deu a ordem: Lazarooooooo, vem...

Aí é aquela situação em que o Pr. Claudio Duarte diz que Lázaro deve ter ficado muito injuriado, pois como Jesus o amava, é claro que o cara iria morar na glória... Mas ele teve que voltar de lá, para a glória de Deus. (sic) 

A nossa parte nesta hora é acreditar que o relógio de Deus é diferente do nosso (1 dia é como mil anos e mil anos é como um dia – 2Pe 3:8). 

4 – Jesus é a solução para tudo nas nossas vidas

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; (v25)

Assim como foi quando Deus se apresentou a Moisés (Êx 3:14), Jesus sempre fala da mesma forma, quando diz:

- Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou! (Jo 8:58)

- Eu Sou o pão que desceu do céu. (Jo 6:41)

- Eu Sou o pão da vida – (Jo 6:48)

- Eu Sou a luz do mundo. (João 8:12)

- Eu Sou a porta (Jo 10:9)

- Eu Sou o bom pastor (Jo 10:14)

- Eu Sou a ressurreição (Jo 11:25)

- Eu Sou o caminho, a verdade e a vida – (Jo 14:6)

- Eu Sou a videira (Jo 15:5)

Se voltarmos para o texto de João 11, veremos que Jesus disse à Marta que o irmão dela ia ressuscitar, mas ela, sem entender direito, disse: "Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia". (v24). – Marta acreditava na salvação do irmão (situação boa), mas não acreditava num milagre imediato (situação má).

Mas se eu te disser que os dois extremos, bênção (coisa boa) e maldição (coisa má), podem e devem ser usados para glória de Deus nas nossas vidas, hein?

Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes. (Deuteronômio 11:26-28)

Então, entendemos que quando obedecemos aos mandamentos ou aos princípios de Deus, nós estamos escolhendo a janela da bênção, contudo, quando nós não cumprimos tal direção, estamos escolhendo a janela da maldição, entretanto, em ambas as situações, a glória de Deus pode e deve ser manifestada nas nossas vidas, e esta é a nossa parte na liberação do milagre, a de crer nesta verdade.

Se entrarmos pelo caminho da obediência, precisaremos crer que Deus é bom e é justo, portanto, estaremos trazendo para cima de nós a sua cobertura poderosa, que será capaz de nos proteger e nos abençoar nos dias difíceis, embora, em muitas vezes, nós não conseguimos ver isso.

Por outro lado, se entrarmos pelo caminho da desobediência e começarmos a ver as coisas “darem ruim”, também precisaremos crer que Deus é bom e justo, que possui uma natureza perdoadora, MAS que irá permitir que passemos pelas lições desta escolha, pois nada melhor do que uma memória para nos fazer tirar aprendizado das situações da vida. Sim ou não?

Deste modo, por mais que a disposição de Deus seja sempre a de nos abençoar, a de que sejamos curados, afinal de contas foi por isso que Jesus levou sobre Si todas as enfermidades (Isaías 53:4), nós sempre vamos ter uma parte na liberação do milagre, caso contrário, não faria sentido existirem as provações que sempre terão o propósito de nos fazer crescer, assim nós seríamos eternas crianças espirituais, eternos bebês na fé.

Pense nisto tudo e passe a ver as adversidades da vida por outro ângulo, pelo melhor ângulo, que é o ângulo de Deus!

É Noix no Pai!

Roberto Baence

Carioca estabelecido em Sampa

Esposo de Flávia Mendes

Pai de Arthur Baence

Pai de Benicio Baence

Líder da Nova Tribo - Grupo de Jovens da Igreja de Nova Vida em Alphaville

O Que Deus Pregaria A Teu Respeito?

Não tenha dúvidas, esta é uma pergunta que tem o poder de mexer com qualquer um de nós que pode se identificar como um Jovem de Jesus. E não venha você dizer que não é mais Jovem, que já tem certa idade e tudo mais... O fato é que a juventude está na mente e no coração, portanto, se trata de um estado de espírito. Beleza JOVEM?

Mas não fuja não, volte aqui para a pergunta fatal... O que você acha que Deus pregaria a teu respeito, se ele tivesse que usá-lo como exemplo em alguma situação em que a sua vida se encaixasse como uma luva naquilo que Ele precisasse ilustrar? Hein...

A gente prega sobre Jesus, sobre Deus Pai e sobre o Espírito Santo em muitas oportunidades, sendo nós pastores, líderes ministeriais, ou não, mas o fato é que se nos dizemos crentes no Senhor, de uma forma ou de outra, estamos sempre pregando - até quando precisamos usar palavras, se é que você me entende nisto. A nossa vida precisa ser uma pregação viva, e veja que eu nem estou falando da gente focar apenas nos acertos e nas coisas bacanas que fazemos, mas em todos os aspectos, até nos tombos que levamos. Não duvide! O Senhor faz com que circunstâncias ruins, onde nós somos severamente apertados, se tornem um canal de bênçãos para as outras pessoas, que nos vendo passar pela prova dentro de uma postura alinhada com a Palavra de Deus, acabam crendo que Ele é realmente o Senhor supremo.

A Bíblia nos relata que uma vez Deus pregou sobre o seu servo chamado Jó! Sim, estando Deus reunido com seus anjos num certo dia, Satanás veio com eles e se apresentou ao Senhor. Então, após ter sido perguntado por onde havia andado, e ter respondido que tinha dado os seus bordejos pela terra, Deus tocou no nome de Jó e o fez de exemplo de homem irrepreensível, íntegro, que temia a Deus e evitava o mal. Ora, naquele momento, assim como nós pregamos sobre a trindade divina e sobre muitos outros homens de referência descritos na Bíblia, Deus fez a mesma coisa com aquele cara chamado Jó.

O que aconteceu com aquele homem a partir do exato momento em que Deus o tomou como referência nós sabemos bem, pois tendo sido questionado pelo inimigo, dizendo que o cara era uma espécie de “queridinho de Deus”, o Senhor autorizou que o diabo tocasse nos bens materiais, na família e até mesmo na saúde de Jó, para provar que se tratava de um cara que era verdadeiramente “madeira de dar em doido”, como se diz no Rio de Janeiro, quando se quer referir a alguém que seja firme de caráter.

Assim, o nosso Deus, naquele momento fez de Jó uma espécie de procurador dos céus, pois Ele apostou firme no cara, sem medo de ter a sua potente mão queimada e Jó, por sua vez, jogou por terra as três teses de Satanás, que foram as seguintes:

1 – Ninguém amaria a Deus mais do que as riquezas.

2 – Ninguém amaria a Deus mais do que a própria família.

3 – Ninguém amaria a Deus mais do que a própria saúde.

Deus permitiu que Jó fosse posto diante de provas duríssimas! Permitiu que ele fosse humilhado em todos os aspectos, pois o inimigo conseguiu tocar nele das formas mais diversas, mas note, sempre externamente. Após Jó ter perdido tudo, após ter sido questionado em sua integridade pela própria esposa, que chegou a encorajá-lo a fazer exatamente o que o diabo queria que ele fizesse, Jó se saiu muito bem com a seguinte fala:

Então sua mulher lhe disse: "Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra!" Ele respondeu: "Você fala como uma insensata. Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal?" Em tudo isso Jó não pecou com os lábios. (Jó 2:9,10)

O inimigo pode ter permissão para tocar no homem exterior e leva-lo até o limite máximo da sua resistência. E quando isso acontece e o homem chega ao seu pior estado de humilhação, então Deus consegue tocar no homem interior para levantá-lo e dizer-lhe: Não temas, Eu sou contigo!

Deus permitiu que Jó fosse tocado sem causa, pois havia algo mais que o Senhor queria tratar naquele homem, e nas vezes que Deus nos humilha, mesmo sem haver uma causa, bênçãos dobradas estão preparadas para nós. Todas as vezes que o Senhor nos leva ao limite da humilhação e nós somos aprovados, Ele tem algo tremendo para nos entregar, basta que nos mantenhamos íntegros e irrepreensíveis, exatamente como foi com Jó.

O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o início (Jó 42:12)

Deus faz assim porque sabe o que existe dentro de nós, e num estado de soberba e orgulho, nós tenderemos a colocar todo o propósito a perder.

Esteja atento no espiritual, pois se a sua vida serve de referência para uma pregação de Deus, isto pode vir a  representar severas lutas, mas nada, rigorosamente nada, irá acontecer contigo sem que Deus saiba exatamente qual será o propósito por trás de tudo, e o mais importante, sem antes apostar que você conseguirá suportar o “repuxo”.

Mas então, me diga você: O que você acha que Deus pregaria a teu respeito? 

Pense nisto, pois se a nossa vida nesta terra não for digna de nem uma menção da parte de Deus, nós corremos o risco de passar por aqui em vão. E viver em vão estaria muito fora do centro de B.A.P, que é a Boa, Perfeita e Agradável vontade de Deus.

É Noix no Pai!

Roberto Baence

Carioca estabelecido em Sampa

Esposo de Flávia Mendes

Pai de Arthur Baence

Pai de Benicio Baence

Líder da Nova Tribo - Grupo de Jovens da Igreja de Nova Vida em Alphaville