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Meu Versículo Padrão

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar BAP, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Ei, Nós Já Temos a Cura!

Fala aí JDJ, firme na pegada? Sei que a coisa não anda nada fácil, mas eu glorifico a Deus todos os dias, pois estou bem certo que o nosso Senhor Jesus nunca nos enganou. Verdade! Ele disse que no mundo nós teremos aflições, e de igual forma Ele nunca nos prometeu tranquilidade, mas prometeu PAZ, a Sua PAZ, não a que o mundo pensa que tem, mas a PAZ que vem de Deus. Nisto nós podemos ter a convicção de que quem tinha a “paz” do mundo está entrando em desespero, pois está vendo literalmente tudo sair do seu controle, tudo o que estava aparentemente “arrumadinho”, já não está mais da mesma forma, saiu da mão, zoou tudo brother.

Aí eu me peguei pensando sobre o que eu faria se fosse o cientista que descobrisse a cura definitiva para o Covid-19 (...). Consegue se imaginar numa cena dessa? De repente o cara se vê como a pessoa que tem a cura para mal que aflige o mundo todo, que loko hein?  A economia mundial simplesmente parou, as pessoas já não podem mais circular livremente, os parentes e os amigos só se encontram de maneira virtual e nos hospitais, milhares de pessoas lutam desesperadamente pela vida, puxando, literalmente cada fôlego como se fosse o último. Então alguém olha para as suas mãos com um pequeno frasco que contém o antídoto para tudo isto (...) e o que ele faz?

(i) Será que a tal pessoa pediria uma coletiva de imprensa para gritar de forma muito audível, tipo “seus problemas acabaram”? (ii) Ou será que ela manteria segredo e tentaria negociar com os laboratórios farmacêuticos para tentar conseguir a maior fortuna que fosse possível em troca de tão preciosa descoberta?

A verdade é que se trata de uma questão ética, em que nos colocando na condição de quem seria beneficiado com tamanha descoberta, nós certamente iríamos querer que o anúncio da cura fosse feito imediatamente e que o tal antídoto fosse disponibilizado o quanto antes. Mas (...), em estando do outro lado da mesa, talvez a nossa posição se alterasse drasticamente. Sim ou não?

Sim, sim [estou te ouvindo], eu sei que você é um JovemDJesus e que por isto pensa no próximo, e que certamente iria querer ver o mal do mundo resolvido o quanto antes, e que por isto mesmo, teria a bela atitude da primeira hipótese. Que você faria questão de dizer que encontrou a cura e que esta cura seria disponibilizada de graça, pois afinal de contas, se trata da salvação do mundo. Estou certo em pensar assim sobre você?

Mas se eu te disser que você já tem esta cura disponível agora mesmo?  Ei, você ainda está aí, ou já correu para anuncia-la?

Bem, já que parece que você ainda está aí, vamos ler juntos o seguinte texto:

Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. (Isaías 53.4,5)

Ôpa! Você leu o que eu li?

A Bíblia diz que Ele [Jesus] tomou sobre si as nossas enfermidades e doenças, e que tudo foi posto sobre Ele, de modo que tamanho castigo posto sobre Ele nos garante saúde, nos garante a paz. Isto não é maravilhoso? E a mesma Bíblia também nos diz em Efésios 2.4,5 que Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões e que pela graça nós somos salvos.

Realizou isto?

Aquela mesma vontade de anunciar que a cura para o mal do mundo existe, e que todos têm acesso à essa cura simplesmente de graça já pode ser posta em prática! Isto mesmo, eu e você já podemos dizer para todo mundo que a cura existe.

Mas por que a gente ainda não está fazendo isto?

Por que será que com as muitas igrejas, mesmo funcionando de forma ainda restrita, ou por um meio de muito maior abrangência que é a internet, as pessoas não têm sido alcançadas por esta maravilhosa boa nova? Será que a mensagem não está sendo dada como deveria? Será aqueles conhecem a cura, não estariam agindo de acordo com a segunda hipótese eu que propus no início deste texto, e então estariam “mercadejando” esta informação?

Eu verdadeiramente não tenho a resposta!

Mas JovemDJesus, não sei quanto a você, mas eu estou certo de que a instrução que o nosso Ninjão (ap. Paulo) deu ao seu pupilo Timóteo vale para nós ainda hoje, vejamos:

Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério. (2 Timóteo 4:1-5)

Assim sendo, eu te encorajo a tomar posse desta poderosa instrução e decidir no seu coração que a partir deste momento você irá se tornar num distribuidor da cura para os males da humanidade, que você irá dizer que Jesus já levou sobre Si todas as enfermidades, por isto, tomando posse pela fé, cada um tem o direito de acessar tamanha cura, basta querer com liberdade, confessar com a boca e crer no coração.

Agora vá lá, como um verdadeiro soldado do Senhor, e diga para o mundo que nós já temos a cura. Faça a sua parte e não espere pelos outros.

É noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens

 

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Para Que Tomar Um Atalho?


E aí JovemDJesus! Firmes, constantes e sempre abundantes no Senhor? Eu tenho aprendido a confessar essas palavras ditas pelo apóstolo Paulo em 1Co 5.58 através do exemplo meu Pastor, que sempre repete esta instrução quando é cumprimentado por algum irmão na nossa igreja.

Neste tempo de pandemia, onde todos nós fomos arrancados das nossas rotinas, temos tido condição de avaliar o quanto a nossa vida é boa, pois por piores que fossem as questões que eram enfrentados diariamente, nós temos sentido falta delas agora. Sim ou não? Bem, pelo menos eu penso que entre ficar “preso” em casa ou encarar a vida lá fora, a segunda opção me parece ser muito melhor (risos).

Mas aproveitando este ganchinho da situação que nos foi imposta pela pandemia do Covid-19, eu me peguei meditando sobre os processos de Deus nas nossas vidas, esses mesmos que todos nós precisamos nos submeter, mas sempre queremos dar um jeito de minimizar os impactos, ou indo no popular, tomar um atalho. Sim, pois se houver uma forma de cortar o caminho “eu já quero”, não é assim mesmo? Afinal de contas, para que andar todo o percurso se eu posso chegar ao final de uma forma mais rápida, e melhor ainda, como menos esforço.

Hum, como menos esforço (...)! Esta é uma tendência que tem roubado os cristãos de obterem o melhor de Deus, pois vivemos outra pandemia que sem ser notada, está derrotando o homem, que em muitos casos tenta se valer da “lei do menor esforço” para conseguir o que der para ser conseguido desta maneira. Contudo, é muito, mas muito importante mesmo, que a gente saiba que quando se trata do reino dos céus as coisas são bem diferentes, pois Jesus mesmo disse que o reino dos céus é conquistado por esforço e só os que se esforçam se apoderam dele (Mt 11.12 ARA).

E se eu te disser que Jesus passou pela mesma prova? Se eu te convidar a avaliar a situação do nosso Mestre no deserto, quando foi levado pelo Espírito Santo para ser tentado pelo inimigo? Explico já, após te apresentar a seguinte passagem:

O diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num relance todos os reinos do mundo. E lhe disse: "Eu lhe darei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser. Então, se você me adorar, tudo será seu". Jesus respondeu: "Está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto’". (Lc 4:5-8)
Depois de ter sido batizado por João, Jesus estava cheio do Espírito Santo e foi levado por Ele (Espírito) para Se encontrar com o diabo no deserto. E lendo a minha Bíblia eu entendi que este papel do Espírito Santo não foi mau, mas pelo contrário, foi muito importante por três motivos:
1° – Mostrar que o embate de Jesus nesta terra foi ordenado por Deus para ser travado com o diabo, não com os homens (Ef 6.12). Por isto mesmo Jesus pediu ao Pai que perdoasse os homens quando Ele estava pendurado no madeiro.
2° – Mostrar que toda orientação de procedimento e demonstração de poder feita por Jesus a partir do momento em que Ele foi batizado, seria realizada sob a direção do Espírito Santo (Lc 4.14).
3° – O envolvimento do Espírito Santo na vida de Jesus ressalta a genuína humanidade dEle. Estar cheio do Espírito (Ef 5.18) e ser dirigido por Ele (Gl 5.18) são aspectos fundamentais para a vida cristã.
E ali no deserto nós sabemos que o propósito era que Jesus fosse tentado, mas a palavra grega traduzida como “tentado” vem de “peirazo”, que também costuma ser vertida como “testado”. Então o nosso Senhor tinha que passar por testes para saber se Ele ficaria firme, se seria aprovado para comprovar que suportaria tudo como homem comum, e além disto, dizer para mim e para você que nenhuma prova nesta vida é Dose Para Leão (isto é um link), como já foi tratado aqui mesmo neste Blog. Não nos virá qualquer tentação que não seja para humano enfrentar, e melhor ainda, o mesmo Espírito Santo que estava com Jesus nos mostrará a saída (1Co 10.13).
Quando o inimigo tentou Jesus no aspecto de reinar sobre o mundo, em outras palavras estava propondo que o Mestre tomasse um atalho. Pois sendo o Messias, Jesus irá reinar sobre todos os reinos do mundo no final dos tempos. O diabo tentou seduzir Jesus a “cortar o caminho” para obter essa autoridade universal. Apesar de chamado de “o príncipe deste mundo” (Jo 12.31), a alegação de Satanás de que o reino do mundo lhe foi entregue [...] “e o dou a quem eu quero” não é verdade. O diabo é um usurpador do domínio de Deus. Não é de se surpreender que ele não diga a verdade aqui, pois é “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). Jesus citou Dt 6.13 a fim de deixar claro que somente Deus é digno de culto e adoração, ponto que relembra o primeiro mandamento do decálogo de Moisés (Êx 20.3), assim o Senhor, conhecendo o fim desde o princípio, sabia que o domínio já está destinado para Ele, senão vejamos:

O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve altas vozes no céu que diziam: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre". (Ap 11:15)

Mas por que será que a gente não consegue tomar e usar o exemplo de Jesus nas nossas vidas, tão terrenas quanto a dEle no episódio da tentação que Lhe foi posta?

O fato é que esta geração está muito mal-acostumada com respostas instantâneas à um toque da tela. Está adaptada à pipoca feita no micro-ondas ou com o macarrão rápido, tudo feito em apenas três minutinhos. Os restaurantes tipo fast food bombam, pois estimulam e alimentam o nosso desejo pelas coisas feitas de forma rápida e com pouco esforço. Mas até que ponto isto é saudável para nós? Até onde a velocidade deve se sobrepor aos processos naturais? Voltando a olhar com carinho para a passagem posta como destaque no início deste texto, vemos que Jesus rejeitou antecipar aquilo que Ele sabia que será seu lá no final da linha.

Não tem jeito JDJ, nesta vida existem caminhos e experiências que para sermos aprovados no teste, nós teremos que passar, portanto, nesses casos, os atalhos serão sempre uma perda de tempo, pois eles só nos farão ser reprovados por Deus, então cairemos na famigerada “segunda época”. Por isto eu te encorajo a passar pelos processos sem tomar atalhos e sem queimar etapas. Se você puder se empenhar para que determinados processos sejam abreviados, tudo bem, mas saiba que até nisto haverá um preço a ser pago, seja de tempo, seja de esforço físico, seja financeiro ou de algo que o valha, mas o caminho a ser percorrido será sempre o mesmo.
Por que querer colocar o carro na frente dos bois?
Por que querer agora, quilo que Deus já disse que será seu lá na frente?
Por que já querer ser um chefe, antes de ser um bom subordinado?
Por que decidir morar junto, antes de se casar?
Por que praticar o sexo antes do casamento, se a partir daquele lindo dia você poderá usufruir de todo prazer que é proporcionado por ele, e melhor, sem nenhuma culpa, peso ou acusação?
Por que usar anabolizantes para acelerar processos que precisam de tempo para se consolidarem de forma segura?
Por que forçar uma barra para ser agora, aquilo que Deus planejou para você ser após um tempo de “peirazo” na sua vida?
Então, diante de tudo o que meditamos hoje, podemos concluir que por mais que não gostemos disto, Deus tem um tempo e um modo para realizar todas as coisas nesta vida, e tentar abreviar isto normalmente “dá ruim”.  A gente pode usar alguns exemplos da própria Bíblia, como o de Abraão e sua mulher Sara, que ao tentarem cortar caminho e abreviarem a promessa de Deus, geraram Ismael, o conhecido filho da pressa. E só depois que se submeteram ao tempo e o modo de Deus puderam gerar Isaque, o filho da promessa.  Mas aí as consequências da forcinha que tentaram dar ao Senhor já não poderiam ser apagadas, nem das vidas deles e nem das nossas, até hoje.
Pense nisto, fique firme, não tome atalhos de forma impensada, pois como dizem os professores de academia: “sem dor, sem ganho”. E creia que quando se trata de Deus, você não precisa entender o processo, basta confiar no propósito.

É noix no Pai!
Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens

sexta-feira, 27 de março de 2020

O Ativismo Que Dificulta a Visão


Fala aê JDJ, de boa? Como você está encarando esses dias de cultos online da sua igreja? Quem sabe este tempo esteja servindo para que o povo de Deus ocupe os espaços virtuais com muito mais força do que estava fazendo até aqui, não é? Como eu tenho visto pessoas que jamais pensaram em realizar reuniões de forma virtual, agora tendo que correr para se familiarizarem com esse “bicho”. E as lives então? Agora há uma enxurrada delas, o que é bom, pois isto aumenta o alcance da Palavra de Deus, embora precisemos “consumir” tais conteúdos com alguma parcimônia, se é que me faço entender.

Nesses dias de confinamento forçado, mas forçado mesmo (pense), eu me peguei meditando no capítulo 6 do Evangelho segundo Marcos e observei que se trata de um dos capítulos que mais relatam as curas realizadas por Jesus. E notei isto desde a situação em que Ele “só” pôde realizar alguns poucos milagres de cura em virtude da desonra que os seus conterrâneos demonstraram nos versículos de 3 até 6, ao tratarem o Mestre com desdém em virtude dEle ser um "simples" carpinteiro. E depois indo até a chegada à terra de Genesaré, com o registro de que muitos enfermos foram levados para serem curados ao tocarem ao menos na orla das vestes de Jesus, versos 53 a 56.

Mas em meio ao texto lido no capítulo todo, um versículo me chamou muito a atenção, vejamos:

Havia muita gente indo e vindo, a ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: "Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco". (Marcos 6:31)

Jesus teve este discernimento ao ver que os Seus discípulos estavam acelerados demais diante de tudo o que estavam vendo e fazendo, pois em meio a tantos acontecimentos eles não tinham tempo nem para se alimentar. Mais à frente, no verso 52, o texto diz que eles mesmos não puderam considerar o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes que viram e participaram, pois estavam com o coração endurecido depois de ficarem fatigados de tanto remar contra o vento no verso 48.

Então eu comecei a meditar sobre quantas vezes, em meio a uma obra feita para Deus e em prol da multiplicação do Evangelho, nós nos envolvemos de tal forma que nos tornamos ativistas, ao invés de cooperadores de Deus. Assim a gente se encontra tão no automático, tão adrenalizados e excitados com tudo o que fazemos e até vemos, que não conseguimos enxergar o que está acontecendo de fato.

É a hora em que uma pessoa está fora da visão do todo e a gente não percebe. A hora em que alguém não está no mesmo espírito e a gente não percebe, ou ainda, a hora em que Deus está falando e fazendo coisas maravilhosas e a gente também não se dá conta.

E então, sabe o que acontece com a gente em meio a tudo isto?

A fome e a fadiga endurecem o nosso coração e a gente não consegue ver o que houve após tão grande esforço. A gente pensa que “fez tanta coisa” e os resultados foram frustrantes, pois simplesmente não tivemos condições de observar o lindo agir de Deus. Sabe aquela sensação que fica ao pensarmos que Deus poderia ter feito mais?

Diante desta exposição, eu aprendo algumas preciosidades na leitura deste capítulo:

1 – Não poderemos alimentar ninguém, se não estivermos alimentados primeiro.

Jesus chamou os seus discípulos ao ver que eles não estavam parando, ser quer, para comerem. Mas é muito interessante vermos que logo depois disto eles se depararam com a situação em que tiveram que alimentar uma multidão, vide verso 37. Louco né?

Quantas vezes a gente se pega no meio de uma empolgação e quer falar de Jesus para outras pessoas. Quer dar O alimento vivo para elas, mas simplesmente não consegue ter bom êxito pelo fato de nos faltar este mesmo alimento?

Como eu posso dar o que não tenho nem para mim, não é mesmo?

2 - O cansaço endurece os nossos corações.

Eu não sei quanto a você, mas quando eu estou cansado as minhas capacidades de tolerância e de percepção ficam muito comprometidas. Então eu já não consigo ter o foco necessário para e entender a necessidade dos outros e muito menos para discernir o que Deus está falando ou fazendo naquele exato momento.

Jesus realizou um dos Seus mais sensacionais feitos diante dos olhos daqueles homens e eles estavam completamente envolvidos com aquilo tudo, mas não conseguiram considerar tamanho milagre, pois seus corações estavam endurecidos. E sabe o que “corações endurecidos” quer nos comunicar? Insensibilidade espiritual! Sim, a do mesmo que tipo que acometia os fariseus da sinagoga de Cafarnaum (Mc 3.5).

Há um enorme perigo em termos os corações endurecidos, pois aí, da mesma forma como faziam os fariseus, a gente começa a ficar crítico demais, a questionar demais e a querer saber se há merecimento em tudo o que vemos Jesus realizar perto de nós, ou até para nós.

Então JDJ, que este momento de meditação nos sirva para uma espécie de autoexame, para que nós possamos passar a luz de Cristo sobre as nossas próprias vidas, antes de querer fazê-lo na vida dos outros.

Provérbios 10.22 nos ensina que a bênção do Senhor enriquece, e, com ela, Ele não traz desgosto, portanto, se algo na obra de Deus está se tornando pesado demais, duro demais ou desgostoso demais, certamente é chegada a hora de você ouvir Jesus te dizendo: “vinde aqui à parte e descansai um tempo”.

Veja que eu não estou te dizendo para tirar a mão do arado e desistir da obra de Deus, mas eu simplesmente quero te dizer que o ativismo age na mesma pegada da paixão, que nos cansa e nos tira a visão, o que nos torna insensíveis ao mover de Deus.

Que nesta hora você possa ouvir o Senhor falando assim também: “vinde a mim, você que  está cansado e sobrecarregado, e eu te aliviarei”... numa adaptação do texto de Mateus 11.28, só para você.

Jamais se esqueça que o Senhor nos chama a fluir na Sua obra e no seu poder, não para apenas funcionar como um relógio. O fluir do Espírito Santo em nós transforma o caos em beleza, trevas em luz, confusão em paz, derrota em vitória e morte em vida.

Ouça o Senhor te falando ainda: “não por força [do teu braço] nem por violência [das tuas ações], mas pelo meu Espírito [que está em ti]”.
 
É noix no Pai!
Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
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Líder de Jovens

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Cartas Para Prender, Cartas Para Libertar

E aí JovemDJesus, como você está após este período de feriado prolongado? Pronto para, agora, iniciar o ano dicunforça? Como eu gosto de dizer, precisamos ter Foco, Força e Fé, aí não vai restar dúvida que seremos mais do que vencedores em todas as coisas. Então partiu!

Cara, eu estava meditando sobre estes versículos aqui e olha como o Espírito Santo falou comigo...

Enquanto isso, Saulo ainda respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Dirigindo-se ao sumo sacerdote, pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, de maneira que, caso encontrasse ali homens ou mulheres que pertencessem ao Caminho, pudesse levá-los presos para Jerusalém. Em sua viagem, quando se aproximava de Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu. Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que você me persegue? " Saulo perguntou: "Quem és tu, Senhor? " Ele respondeu: "Eu sou Jesus, a quem você persegue. (Atos 9:1-5)

Está mais do que claro que estamos falando do Ninjão, o apóstolo Paulo, que até então ainda era Saulo para nós. Veja que na primeira parte do texto ele vai ao sumo sacerdote pedir cartas de autorização para prender os seguidores de Jesus, ou o Caminho, como está bem-posto com letra maiúscula no texto de referência.

A gente conhece um pouco da história de Paulo e sabe que ele era um cara de tremenda intensidade em tudo que fazia, então se havia entendido que o cristianismo era uma espécie de seita, ele precisava combater aquilo com todas as suas forças. E assim mesmo ele o fez, basta irmos um pouquinho atrás no texto, lá no capítulo 7 de Atos, então o veremos não apenas assistindo, mas concordando e consentindo com o apedrejamento de Estevão por defender tão lindamente a sua fé no Caminho.

Saulo era um cara extremamente dedicado, culto e religioso, e perceba que não sou eu quem está dizendo, mas ele mesmo registrou isto em Filipenses 3, quando pôs as suas credenciais "na mesa" para ser mais contundente ao instruir aquele povo acerca da necessidade de ter cautela contra as doutrinas de homens.

O cara era um israelita convicto e se orgulhava disto, possuía uma alma ardente e uma disposição acima da média quando entrava num embate pelas suas convicções. E diferentemente do que possa parecer até aqui, ele se dedicava com sagrada paixão ao que ele pensava ser o serviço de Deus, observando rigorosamente a religião de seu povo para cumprir e principalmente fazer cumprir. Educado na cidade de Tarso e instruído por Gamaliel segundo o mais alto rigor da Lei, um verdadeiro “zelador de Deus”. Saulo havia sido educado para ser fariseu e fora construído no seu íntimo por uma tradição à lei que o judaísmo conservava fanaticamente. Impulsionado pelo entusiasmo impetuoso da mocidade; acalorado em ânsias de proselitismo próprio do judeu, julgou que tinha uma missão religiosa para cumprir, isto é, combater o Cristianismo até destruí-lo.

Por considerar essa religião uma verdadeira traição ao judaísmo, perseguia os seguidores de Cristo com extrema convicção, porque eles teriam abandonado a Lei Mosaica para seguir um “tal de” Jesus, sobre o qual um monte de fanáticos cristãos pregavam e diziam que havia ressuscitado dos mortos. Como assim? Ele devia pensar.

Palavras dele mesmo ao rei Agripa:

"Eu também estava convencido de que deveria fazer todo o possível para me opor ao nome de Jesus, o Nazareno. E foi exatamente isso que fiz em Jerusalém. Com autorização dos chefes dos sacerdotes lancei muitos santos na prisão, e quando eles eram condenados à morte eu dava o meu voto contra eles. Muitas vezes ia de uma sinagoga para outra a fim de castigá-los, e tentava forçá-los a blasfemar. Em minha fúria contra eles, cheguei a ir a cidades estrangeiras para persegui-los. (Atos 26:9-11)

Sim, já percebemos que por acreditar tão piamente naquilo que havia aprendido, Saulo se julgava não apenas no direito, mas na obrigação de combater com força tudo o que lhe parecesse contrário quanto ao que entendia como religião.

Mas aquela disposição era simplesmente porque Saulo nunca houvera andado ou conhecido Jesus. Era porque ele estava tomado por um sentimento de contrariedade que tinha sido fomentado nele pela religião, pelos puxadinhos construídos por mãos de homens sobre o alicerce divino (isso é um link), mais ou menos como acontece nos dias atuais.

E aquele sentimento durou exatamente até o dia em que aquele rapaz encontrou o Caminho no caminho para Damasco. A Bíblia relata que foi algo tão tremendo e arrebatador que Saulo ficou cego, como se tudo o que ele houvera visto antes perdesse o  sentido e o valor, como se tivesse virado tudo esterco, como ele disse aos Filipenses no mesmo Capitulo 3. Saulo encontrou Jesus e a partir daquele instante a sua vida nunca mais foi a mesma.

Como pode? Um homem que até ali buscava cartas para prender os cristãos, mas que a partir dali se tornaria o maior escritor de cartas para libertar homens de todas as nações e torna-los livres no sentido mais amplo da palavra? Basta vermos que ele escreveu 48% dos livros do Novo Testamento.

Coisas que só Deus explica, e o que se sabe muito bem é que a partir do encontro genuíno com Jesus, Saulo passou a ser chamado Paulo, passou a sofrer pelo nome de Jesus e se tornou o maior evangelista que a história conheceu.

Isto que é conversão JovemDJesus! Até aquele momento Saulo era alguém que combatia o cristianismo, não apenas com palavras, mas com ações pesadas e contundentes. Pergunte à Ananias o que achava daquele homem, ele mesmo te responderá, assim como respondeu ao próprio Senhor em Atos 9.10-14. Mas como eu também gosto de dizer, ninguém, rigorosamente ninguém, consegue ser a mesma pessoa após um encontro verdadeiro com Jesus, até os que continuem se dizendo ateus.

O Senhor viu algo impressionante no íntimo de Saulo e concluiu que toda aquela energia canalizada para a causa correta iria abalar o mundo. E foi rigorosamente o que aconteceu, tanto que o Evangelho chegou até nós, aleluias!

E você? Que paixão te move ao ponto de fazer com que você enfrente tudo e todos? Quem sabe você já tenha declarado as maiores guerras por simplesmente defender as suas convicções, estivessem elas certas ou não. Mas você já parou para pensar o que poderia acontecer se você pusesse toda essa energia em prol da causa de Jesus?

O tempo se chama hoje e o chamado é agora, portanto, não perca tempo, faça o seu melhor para levar aquilo de mais precioso que o Espírito Santo de Deus depositou dentro de você, exatamente naquele dia em que você O olhou nos olhos e uma revolução aconteceu dentro de você.

E se você é um daqueles que ainda não O encontrou de verdade, quem sabe Ele tenha falado contigo durante a leitura deste artigo, algo como: “eis que estou à porta do seu coração e bato” - Abra a porta e permita que Ele entre!

Conversão é mudança de rota! É num belo dia estar indo para Damasco e ver a sua vida ser arremessada para alcançar os confins da terra, é pedir cartas para prender e depois se tornar um escritor de cartas para libertar.

É noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Cumprindo o Propósito em Todo Lugar


E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos.  (Efésios 1.9,10)

Sempre vejo pessoas com dificuldades de realizarem a obra de DEUS por causa do tempo do trabalho, estudos e da vida dita “secular”. Normalmente nós encontramos diversos tipos de justificativas e até mesmo de desculpas, mas nessa hora quem sempre "sai no prejuízo" é DEUS.

Na hora que precisamos recorremos à ELE, todavia, na hora de fazermos algo para ELE estamos ocupados demais, afinal de contas, “venha Vós ao nosso reino” (risos).

São 8, 10, às vezes 12 horas de atividades por dia, ou mais. É do trabalho e dos estudos que tiramos nosso sustento material, o que para alguns é um regozijo e oportunidade de se realizar, para outros um castigo. Para uns, o sonho realizado, para outros um pesadelo que se repete diariamente. Para alguns um meio, para outros um fim nele próprio.

Para uma grande galera os locais de trabalho e de estudo são lugares propícios para cultivar amizades, mas para outros, um cansativo espaço para administrar conflitos e fazer o que não se gosta. Diante dessa avalanche de sentimentos e perspectivas, e em um mundo envolto em vãs filosofias humanas, que também conhecemos como autoajuda, cabe uma pequena série de perguntas:

a) Qual a correta atitude do cristão diante da dita vida secular?

b) O trabalho e os estudos são um meio ou um fim?

c) Por que trabalhar, se nosso prazer como cristãos deve estar em servir ao Senhor?

São apenas algumas das muitas questões que podemos levantar sobre o tema. Mas, agora é a hora de algumas respostas...

Em primeiro lugar, é importante que você entenda que do ponto de vista bíblico não existe essa parada de divisão entre vida espiritual e vida secular! Esta tentativa de dividir o indivisível é, muitas vezes, fruto de ignorância bíblica ou da tentativa de subjetivizar a imperativa ordenança que temos de ser sal e luz onde quer que estejamos. Dizer que existe vida secular e vida espiritual, é tentar nos comparar a um celular “dual chip”, que num momento é Claro, noutro momento é Vivo. (isto é um link)

É tão absurdo como você se imaginar desligando o Espírito Santo no momento que cruza a porta de entrada de seu escritório, fábrica, loja, colégio ou faculdade. Da mesma forma, seria um absurdo você se imaginar desligando todos os conhecimentos administrativos e científicos, só porque está entrando na igreja ou em momento de oração na sua casa. Impossível, você concorda?

Em qualquer lugar, em qualquer tempo, diante de qualquer um, você é chamado para exercitar o cristianismo autêntico, verdadeiro e bíblico, ou melhor, você sempre estará exercendo um propósito para Deus através da sua vida.

"E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai..." (Cl 3:17)
.
O apóstolo Paulo disse TUDO aí! Portanto, amado JDJ, a primeira premissa estabelecida é que todas as nossas atividades são de natureza espiritual, pois como novas criaturas em Cristo, somos seres agora conduzidos pelo Espírito, logo, seres que frutificam no Espírito. E isso vale para qualquer lugar, mas principalmente no trabalho, que em última análise é o lugar da provisão que nos é dado por Ele mesmo. Calma que eu explico!

Em seu trabalho, os seus sentimentos, o seu conhecimento e sua espiritualidade são colocados à toda prova e “só toda hora”. Temos que administrar relacionamentos, lidar com pessoas difíceis, amarguradas e traumatizadas pelas lutas da vida. Administrar pressões por resultados, por incrementos contínuos nas vendas, na qualidade ou na produtividade. Lidar com jogos de ética, propostas indecentes, imorais e que atentam contra os valores de Deus são provas de fé e perseverança pelas quais nós temos que passar e sermos aprovados.

E na faculdade não é nada diferente disto! Estamos sujeitos às propostas mundanas, às baladas "daora", à tentação de colar numa prova difícil, aos professores que são enviados pelo próprio Satanás para afrontar a nossa fé, etc.

Enfim, o fato de você não ser do mundo, não significa que você esteja isento de duelar com as coisas do mundo. Mas ó, eu não estou falando "negociar", eu disse duelar contra elas. Viver como cristão no mundo significa, essencialmente, impactar o mundo a ponto de descontaminá-lo, sendo verdadeiramente sal e luz. Ou ainda, ser como um barco, isto é, estar no mar mas não permitir que o mar entre no barco.

Cumprir o nosso propósito dentro ou fora da igreja não deve fazer diferença para nós. Pelo contrário, como eu já disse, lá fora é o maior e mais necessário campo missionário para testemunho e evangelismo cristão. Todos os lugares são campo para a confirmação do nosso propósito central, assim como também são um desafio de santificação diário e ferrenho.

Saiba de uma coisa JDJ, o inimigo não vê fronteiras ou paredes quando quer combater os que cumprem os propósitos de Deus. Se ele mira algum cristão tentando conduzir pessoas ao Reino de Deus através de seu testemunho de palavras ou ações, fique certo que essa pessoa se transformará em alvo dos seus dardos malignos, assim como eu já escrevi no artigo A Peneira da Fé (isto é um link). Satanás só não incomoda tanto o "cristão gente boa", que por sua vez também não incomoda o mundo. Que é aquele que convive numa boa sem se importar com toda sorte de impurezas, pois tudo depende, manja? Esses não são ameaças para o inimigo, mas pior do que isto, esses já são dele, pois são os mornos prontos para serem vomitados da boca de Deus.

Em resumo, se você anseia por uma seara para servir ao Senhor dentro de um propósito celestial, não ignore este sedento espaço chamado “secular”. Na verdade, essa deveria ser a maior motivação das nossas vidas, pois ninguém deveria "pescar em aquários". Não é mesmo?

E agora, qual vai ser a resposta que você vai dar para Deus após ler este texto e, espero, ter sido confrontado por ele?

Jesus disse que faria dos seus discípulos pescadores, os até então pescadores de peixes comuns, verdadeiros pescadores de homens, o que deve valer para mim e para você, toda hora e em todo lugar.

Entenda que Ele está confiando a nós aquilo que Ele tem de mais precioso, as almas dos homens, tanto é assim que Deus deu o que tinha de mais precioso em troca de cada uma delas, exatamente como está declarado em João 3.16.

Faça a sua parte neste propósito, pois como ouvi nesses dias, “tem muita gente precisando do que você carrega”.

É noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Quem Alargou a Porta?

"Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela”. (Mateus 7:13)

E aí JovemDJesus, o que você pensa quando se depara com essa imagem e com essa fala do nosso Mestre?

Gosto de pensar que o acesso do céu deve ter uma espécie de roleta (para os cariocas e afins) ou catraca (para os paulistanos e afins), de forma que só seja permitida entrada de uma pessoa de cada vez, e muito mais do que isto, que seja um acesso controlado, quem sabe com um crachá (risos). Por exemplo, quando a gente lê o livro de Jó, pode até entender que mesmo depois de ter sido banido do céu, o crachá de Satanás continua ativo, pelo menos para acesso ao segundo céu, não onde está o Trono de Deus (risos de novo), pois lemos que Deus estava meio que “pregando sobre Jó (isso é  um link) para os anjos quando o fedorento e entrou no papo (Jó 1.6-12).

Na boa, quando Jesus disse que a “porta é estreita”, não posso ter dúvidas ao concluir que o acesso não será na base do “oba-oba”, tipo deixa a vida me levar, manja? Embora Ele já tenha pago o preço pela nossa salvação e o cheque tenha sido assinado com o próprio sangue dEle, certamente nos cabe fazer algo para que permaneçamos debaixo de tamanho benefício de graça. Caso contrário corremos o risco de transformar a graça em gracinha, se é que me faço entender.

As coisas de Deus são simples, a salvação nos foi oferecida pela graça, mas nós enquanto alvos diretos desta graça, precisamos ter uma postura para desfrutarmos disto. Deus tem uma linha de princípios que está muito bem delineada na Bíblia, e o Sr. Jesus foi enfático em dizer que não veio para revogar este cabedal de princípios, mais veio confirma-los (Mateus 5), portanto, há um comportamento de santidade esperado de Deus para conosco. Você concorda com isto?

Mas se tais princípios parecem ser tão fáceis de entender, embora tão difíceis de atender, por que será que temos visto tantos pregadores e líderes tentando nos apresentar algo “desconstruído” de acordo com a moda do termo, ou digamos, uma espécie de porta mais larga aos cristãos?

Um montão de mensagens que visam muito mais o conforto da alma do que o arrependimento dos pecados. Um sem número de pregações que apresentam uma cruz anatômica, confortável, que não tem cantos e nem solta farpas, ou seja, muito diferente da cruz que Jesus enfrentou e disse para cada um de nós tomarmos a nossa também se quisermos ser Seus discípulos (Mateus 16.24). Um montão de treinadores de ideias positivas e bem embaladas nas suas camisas com motivos tropicais, todas ditas atrás de microfones muito bem regulados e em ambientes adequadamente climatizados. Sem falar das cadeiras, que não ficam devendo em nada para os cinemas de primeira linha.

Mas será essa a mensagem da porta estreita?

É claro que eu não estou querendo dizer que as coisas precisam ser feitas da pior forma, mas estou querendo te levar a questionar se é isso mesmo que o Senhor nos mandou fazer quando disse: “IDE e pregai”! – Por exemplo.

Temos visto cultos serem feitos para as pessoas, de acordo com o gosto das pessoas, não para Deus! Ao passo que as coisas deveriam ser feitas para Deus com as pessoas. Mega templos, megaeventos, mega tudo, menos mega arrependimentos e menos mega avivamentos. Tudo meticulosamente planejado para que as pessoas se sintam bem, que encontrem “respostas” para as suas questões interiores e pensem mesmo que são uma espécie de “ponto fraco de Deus”.  Que quando Ele nos vir passar por lutas, não tardará em nos tirar dos problemas, afinal de contas, “Ele tem que me abençoar e me tirar dos sofrimentos”.

Assim a gente vai enveredando perigosamente para o caminho da graça barata, para a lei do menor esforço, para o tempo do “depende”, para uma era onde o mais importante é o carpe diem, ou seja, viva como se não houvesse amanhã. Todavia, a gente esquece que a nossa vida não termina aqui nesta terra e que vai haver um amanhã sim (1TS 4), mas aí sim, dependendo mesmo da porta pela qual a gente passe, vai significar acordar no céu ou no inferno. Pense!

Desconfie das coisas postas de uma forma muito fácil para você JDJ! Jesus disse que neste mundo nós passaremos por aflições e lutas, pois isto faz parte do crescimento e do amadurecimento de todo filho, até com Ele mesmo foi assim.  Primeiro travamos uma luta interna contra as vontades da nossa carne, depois lutamos contra o pecado que nos assedia tenazmente, e no final lutamos contra a maré, isto é, a ordem mundana que faz de tudo para nos arrastar para o caminho da porta larga, completamente distante do Caminho que é Jesus (João 14.6).

Cuidado, pois quem te oferece a porta larga dará contas de si mesmo, pois ai de quem fizer o seu irmão cair, mas por outro lado, ninguém vai poder dizer que entrou pela porta mais fácil porque foi induzido a isto, tanto que está escrito exatamente assim, leia:

Porque está escrito: " ‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’ ". Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus”. (Romanos 14:11,12)

Foco, força e fé, contando sempre com a iluminação que nos vem através das disciplinas espirituais mais básicas, que são: oração, leitura da Palavra e jejum. Aí nós veremos a porta certa pela qual teremos que passar.

É noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A Favelização Em Volta da Cruz


E aí JovensDJesus, na Paz?

Como primeira postagem no ano de 2020 e voltando a fazer isto após um bom tempo, eu tenho que dizer que estava com saudades deste espaço aqui, inclusive preciso fazer uma menção de agradecimento pelos mais de 20 mil acessos ao nosso Blog, o que me faz pensar que o propósito está sendo cumprido de alguma forma, glória ao nosso Senhor Jesus! Por isto, quero lhes agradecer de coração e dizer que pode até parecer que está demorando a vir texto novo, mas Deus está sempre falando ao meu coração de alguma forma... Só falta eu escrever mesmo (risos).

E por mencionar que Deus tem falado ao meu coração, quero lhes confessar que o tema desta vez estava queimando aqui dentro já fazia algum tempo, mas ao ver esta estampa numa camiseta da marca emaús®, da qual registre-se, eu sou consumidor e fã, pensei: “É isso! Esta será a imagem na postagem que vai falar sobre a favelização em volta da cruz”. Então partiu!

Quando a gente lê os Evangelhos, onde a passagem de Jesus nesta terra é relatada de uma forma muito detalhada quanto aos seus feitos e falas, podemos ver algumas situações em que as pessoas tiveram dificuldades de se aproximar de Jesus em virtude da multidão que gravitava em torno dEle. E eu poderia citar a passagem da mulher do fluxo de sangue que está em Marcos 5.24-34, onde ela quase não conseguiu tocá-Lo por causa da multidão. Poderia falar também do homem paralítico que foi levado até Jesus através de um buraco no telhado conforme está relatado em Lucas 5.24-26, pois os seus amigos não encontravam meios de fazê-lo chegar à presença do Mestre de uma forma, digamos, convencional, por causa da quantidade de gente que O seguia. Tem ainda a passagem clássica das crianças que estavam sendo reprimidas por tentarem se aproximar dEle, quando Jesus disse: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". (Mateus 19:14).

Perceberam quantas situações em que pessoas tentaram se aproximar de Jesus e foram impedidas pelos próprios seguidores dEle? Não te parece estranho que as mesmas pessoas que deveriam apresentar Deus aos necessitados, são exatamente as que criam dificuldades para que essas mesmas pessoas possam chegar diante dEle?

Vejamos que desde o Antigo Testamento as coisas são assim, pois os fariseus, os ditos mestres da lei, se aprofundaram tanto no estudo das escrituras que perderam a sensibilidade, tanto que além das 613 Leis Mosaicas, eles criaram um montão de regras que realmente tornava impossível que alguma criatura se aproximasse de Deus. É claro que a Lei por si só, já tinha por objetivo demonstrar que por mais que o homem tentasse fazer algo para se justificar a si mesmo ele jamais conseguiria, e tudo o levava para a necessidade do Messias, o Salvador, aquele que pagaria pelos pecados que o separavam de Deus.

Só que o homem tende a tornar as coisas mais difíceis e complicadas do que elas realmente são, você não acha? Creio que pelo fato da dificuldade de aceitação da graça redentora que Jesus nos oferece na cruz, a gente fica tentando colocar um preço naquilo que não tem como ser precificado, tanto que o nome já diz “GRAÇA SALVADORA”, isto é, favor imerecido da parte de Deus para com a gente. Na verdade, não há como se por um preço naquilo em que o valor não pode ser mensurado, daí o feito de Jesus ter sido tão tremendo e incomparável.

Então eu e você podemos acreditar que basta uma pessoa aceitar esta GRAÇA sobre a sua vida, que ela já tem acesso à salvação que foi pregada na cruz, tanto que em Romanos 10.9;10, o apóstolo Paulo escreveu bem assim:

Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação.

Ora, lendo este texto a coisa não parece ser muito mais simples do que a gente vê ser usado como doutrina em muitos lugares? Não parece que Jesus é muito mais simples do que Ele tem sido mostrado para nós através de outros homens?

Olhe bem, pois não estou defendendo uma graça barata, a qual quem recebe não valoriza e por isto a transforma em gracinha. De forma alguma! Mas eu acredito que o andar segundo os princípios de Jesus se torna algo muito menos pesado e bem menos difícil quando as coisas são apresentadas da forma como verdadeiramente são, isto é, simples.

Acredito e defendo que assim como o apóstolo Paulo sempre pregou, a vida com Jesus é um processo de crescimento, tanto que quando a gente se converte, este acontecimento também é chamado de novo nascimento (João 3.3). E a necessidade do crescimento está descrita em Efésios 4.10-15.

Assim, é natural que que um novo convertido erre mais no início da sua caminhada do que no meio dela, pois ele está se aproximando de Jesus, aprendendo de Jesus e internalizando os Seus princípios no coração, para que quanto mais O conheça, mais tenha os seus princípios internalizados no espírito.

Mas infelizmente o que a gente vê por aí é uma religiosidade que impede que as pessoas se aproximem do Mestre, repetindo o que se lê nas escrituras. São muitas regras e interpretações feitas por homens, que podem até ter boas intenções, todavia, é necessário saber que o próprio Jesus não veio apresentar uma religião cheia de regras para ninguém, mas Ele veio nos apresentar o Pai e ao Pai.

O Senhor nunca pediu para o homem edificar sobre o que Ele já estava edificando. Na passagem em que Pedro tem a revelação acerca de quem Jesus é, Ele disse que sobre aquela pedra, Ele mesmo [não o homem] iria edificar a Sua igreja. E qual era a pedra? Exatamente a revelação que Pedro teve ao dizer que Jesus é o Cristo, o filho do Deus vivo (Mateus 16.13-18).

A religião só serve para dificultar o processo de edificação da igreja! A religião é a favelização em volta da cruz! A religião, por mais bem-intencionada que possa estar, é um monte de regras e processos criados por homens, que só serve para impedir que outros homens se aproximem do Mestre.

Percebam, e é muito bom que eu diga, que não vai aqui nenhum demérito ou depreciação às comunidades carentes que também se denominam favelas, pois eu sei honrar as minhas origens, todavia, quero fazer uma comparação ao conceito do termo favela, que se diz: “um conjunto de moradias construídas de forma desordenada”.

Então, quando Jesus disse que Ele mesmo iria edificar, isto é, construir a Sua igreja, mas o homem tenta fazer isto de uma forma desordenada, com cada um estabelecendo as suas próprias regras, nas suas “próprias” igrejas, e sem um estabelecimento descontaminado na pura Palavra de Deus, estamos ou não estamos diante de uma favelização em volta da cruz? Favelização sim, onde a quantidade de “puxadinhos” impede que as pessoas se aproximem desta mesma cruz.

Saiba também que eu não quero te fazer pensar que podemos viver longe dos princípios de Deus, que a alegria da salvação seria uma espécie de “festa rave do céu”. Muito pelo contrário, pois o mesmo Salmo que fala desta alegria, também fala da obediência que leva à esta salvação (Salmos 51.12). Quando a gente consegue ultrapassar os impedimentos humanos e se aproxima da verdadeira cruz de Cristo, acaba vendo que ela não é nada anatômica, não é nada confortável, e quem se prega nela junto com Jesus não o faz com velcro, mas com dolorosos cravos batidos com pesado martelo.

Por isto JovemDJesus, eu te encorajo a além de congregar na sua igreja (isso é um link), o que é deveras fundamental, a também ler a Bíblia e estudar a Bíblia, pois entre os ditames de homens e o que diz a Palavra, fique sempre com a Palavra. Pois quem A segue não erra, não se deixa ser levado por todo vendo de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro.

Foco na Palavra, foco em Jesus, para o alto e avante!

É noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence
Líder de Jovens