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Meu Versículo Padrão

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar BAP, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Nove Mulheres Não Geram Um Filho Em Um Mês

Amigos, se existe algo que Deus tem me ensinado no decorrer nos últimos anos é que Ele tem um tempo e um modo para fazer tudo, rigorosamente tudinho nas nossas vidas. Nós, que somos criação de Deus, vivemos num tempo chamado Chronos, mas Deus tem o Seu tempo próprio, chamado Kairós, que significa o tempo oportuno que Ele define para vivermos algo que Ele mesmo tem planejado para nós.

Mas quando a gente se refere a tempo de Deus, hummm, normalmente dá até uma urticária, sim ou não? E isso acontece pelo simples fato do ser humano não curtir muito este lance de esperar, basta a gente se deparar com um tempinho de espera para que entre num, digamos, mini pânico. Desde crianças nós já damos esses sinais de desespero quanto ao tempo da espera, e é aí que aqueles mais antigos nos dizem: “Nem parece que você nasceu de nove meses”.

Não é interessante a gente pensar nisto um pouquinho só? Não é irado a gente entender que para tudo há um tempo e um modo definidos na arquitetura do universo? Não seria muito louco se um casal apressadinho pudesse contratar nove mulheres para gerar a sua criança em um mês? Pensa num desespero (risos)! 

Desde o Gênesis Deus tem mostrado para o homem que Ele se move por princípios em simplesmente tudo o que faz. Cabe a este mesmo homem, no caso nós mesmos, entender que dentro deste conjunto de princípios o Criador tem um tempo e um modo que precisam ser discernidos, caso contrário a gente cai na terrível tentação de dar uma “forcinha” para Deus, ou ainda, de pensar que Ele, quem sabe, tenha se esquecido de nós em meio aos seus muitos afazeres que certamente tem.

É muito intrigante a gente notar que na medida em que o tempo passa, a nossa tendência é ter menos paciência para esperar as coisas acontecerem, basta olharmos que somos de uma geração em que a palavra esperar não faz muito parte do contexto. Nós somos mesmo a geração dos fast foods, da pipoca de micro-ondas, do toque para fazer e toque para ter, do tudo ao alcance da sua mão.

A grande questão é que a gente acaba se acostumando com esta parada de tudo precisar ser rapidinho, com muitos megabytes de velocidade, para então cairmos na armadilha de pensarmos que o download das bênçãos de Deus está demorando muito para ser concluído, logo, não custa nada dar uma “empurrada no processo” e fazer com que as coisas andem no nosso ritmo. Eureca!

Ó, mas não é só porque a gente vive na época dos grandes avanços tecnológicos que podemos pensar que este negócio de pressa só acontece hoje JovemDJesus. E eu quero te mostrar que lá nos primórdios o homem já curtia este lance de querer “ajudar a Deus”. Claro que de uma forma menos sofisticada, mas já gostava muito desse lance de "empurrar o processo".

Vamos olhar para Abraão, quando ainda se chamava Abrão e Deus disse que dele seria originado um grande povo, tão numeroso quanto as estrelas do céu, embora ele fosse mui avançado em idade. E para piorar um pouco só, Abrão era marido de Sarai, uma mulher também avançada em anos e só para dificultar ainda mais um pouquinho, ela era estéril. Promessa fácil de internalizar, não é (risos)?

Aí, como bons humanos que eram e já cansados de esperar pelo tempo e o modo de Deus, pois já haviam mais de dez anos que eles estavam em Canaã e nada, Sarai cansou de esperar e saiu com esta “solução” aqui, ó:

Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dera nenhum filho. Como tinha uma serva egípcia, chamada Hagar, disse a Abrão: "Já que o Senhor me impediu de ter filhos, possua a minha serva; talvez eu possa formar família por meio dela". Abrão atendeu à proposta de Sarai. Quando isso aconteceu já fazia dez anos que Abrão, seu marido, vivia em Canaã. Foi nessa ocasião que Sarai, sua mulher, entregou sua serva egípcia Hagar a Abrão. (Gênesis 16.1-3)

“Talvez eu possa”... Quem nunca pensou, ou até mesmo falou isto para si mesmo? 

“Ora, Deus me deu uma promessa, Ele disse que iria me abençoar e me fazer prosperar nesta ou naquela área, então, tudo o que eu fizer neste sentido (...) será uma bênção”!

Só que não! Pois como eu já mencionei aqui, Deus tem o Seu tempo e modo de fazer as coisas e invariavelmente quando a gente tenta dar uma forcinha para Ele, as coisas tendem a fugir do nosso controle dicunforça. Vejamos:

Ele possuiu Hagar, e ela engravidou. Quando se viu grávida, começou a olhar com desprezo para a sua senhora. Então Sarai disse a Abrão: "Caia sobre você a afronta que venho sofrendo. Coloquei minha serva em seus braços, e agora que ela sabe que engravidou, despreza-me. Que o Senhor seja o juiz entre mim e você". (Gênesis 16.4,5)

Como vemos, as coisas deram ruim para Abrão, que ao ter aceito e, quem sabe até gostado da ideia da sua mulher Sarai, teve que arcar com as consequências do que havia feito. Mas é muito interessante a gente notar que da mesma forma como aconteceu com aquele homem nos primórdios da humanidade, acontece da mesmíssima forma com a gente hoje, pois ao fazermos as coisas do nosso tempo e do nosso modo, perdemos completamente o controle das consequências que podem advir disto, pois nem sempre o nosso lápis vem com uma borracha numa das extremidades, se é que você me entende. No caso de Abrão, as coisas deram tão ruim que até hoje a geopolítica é impactada por isto nas relações pouco amistosas que rolam lá pelo oriente médio entre as nações árabes (muçulmanos) e israelenses, numa contenda que parece não ter fim.

Deus disse que daria uma descendência a Abrão e depois Ele disse até qual seria o seu nome, Isaque, o filho da promessa. Todavia, antes Abrão gerou Ismael, o filho da pressa, o filho do download turbinado, leia lá em Gênesis 17.

O mais interessante nisto tudo é vermos que mesmo sendo um grande vacilão neste sentido, ainda assim Deus abençoou o já Abraão, o pai de muitas nações (Gn 17.5) e a sua esposa já Sara (Gn 17.15), pois o nosso Deus não pode mentir e também não se arrepende de uma promessa feita, MAS as consequências permanecem sem controle pleno, e como foi com eles, assim também é com a gente.

Diante disto, eu queria te perguntar: Será que você não anda querendo dar uma forcinha para Deus?

Pense aí consigo mesmo e veja quantas decisões você tem tomado, ou planeja tomar, baseado apenas no seu próprio sentimento e/ou turbinado pela pressa?

Era para você ter mudado de emprego? Ter se matriculado naquele curso da faculdade? Ter iniciado o namoro com aquela pessoa? Ter comprado aquele carro? Ter se casado de uma forma tão rápida? Ter feito um montão de coisas da sua própria cabeça por simplesmente ter a convicção de que se Deus disse que ia te abençoar, então Ele estaria obrigado a fazer isso de qualquer jeito?

As vezes a gente acha que se der uma acelerada no processo as coisas irão sair do mesmo jeito, só que mais rápido, todavia, deixamos de lembrar que a assim como na geração de uma criança, as bênçãos de Deus também se sujeitam ao fator tempo, e mesmo que tentemos empurrar este processo, uma criança não pode ser gerada em um mês, mesmo que se pense em usar nove mulheres para este objetivo. Não adianta a gente usar dos nossos artifícios humanos para tentar liberar o que muitas vezes é espiritual e/ou precisa obedecer a uma ordem natural.

Creiamos em Deus e apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquEle que prometeu é fiel, conforme está escrito em Hebreus 10.23, portanto, se a promessa é dEle, nós iremos receber, no tempo e do modo dEle.

Pare de dar uma forcinha para Deus JovemDJesus! Aquiete o seu coração e espere o tempo dEle, pois assim como disse o rei Davi em Salmos 42.5, ponha a sua esperança em Deus, pois você ainda O louvará após ter recebido a promessa.

Não quero dizer com isso que você deverá cumprir à risca o hino nacional e ficar “deitado eternamente em berço esplêndido” esperando as coisas caírem dos céus literalmente, pois nessa hora o mais importante é ter a Postura Para Receber (isto é um link), no tempo e no modo de Deus, e estar pronto para quando a hora chegar e a bola for lançada para você fazer aquele golaço.

Pense nisso, seja abençoado, seja uma bênção.

Noix no Pai!

Roberto Baence
Carioca estabelecido em Sampa
Esposo de Flávia Mendes
Pai de Arthur Baence
Pai de Benicio Baence

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